O Governo do Estado, por meio da Assessoria Especial para Assuntos Fundiários, realizou nesta segunda-feira (17), em Curitiba, um seminário com o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST). Foram temas a educação, desenvolvimento e produção nas áreas de reforma agrária, em todo o Paraná.
Atualmente existem 320 assentamentos, em 140 municípios do Paraná, que reúnem 20 mil famílias de agricultores. Outras 11 mil famílias vivem em 80 ocupações em várias regiões do Estado. O encontro, realizado no Palácio das Araucárias, em Curitiba, reuniu lideranças do MST, produtores e representantes de secretarias estaduais. As cooperativas de produtores expuseram os produtos fabricados nos assentamentos.
O assessor especial para assuntos fundiários, Hamilton Serighelli, reforçou a necessidade e a importância da parceria entre os governos federal, estadual e municipal para dar continuidade às políticas da reforma agrária.
“Desde que assumimos esse trabalho, em 2011, a vontade do governador Beto Richa sempre foi manter e ampliar essa parceria do poder público com os movimentos de trabalhadores rurais. Por determinação do governador, foi renovado o convênio com as escolas itinerantes e está sendo discutido um projeto para tornar esse trabalho permanente”, disse ele.
DESTACA TRABALHO – Para o coordenador estadual do MST no Paraná, Diego Moreira, iniciativas como a do seminário são fundamentais. “Já se construiu uma cultura política na relação entre o MST e o Governo do Estado para resolver os conflitos, por mais difícil que sejam, na base do diálogo. Esse seminário é um momento para reafirmar essa abertura”, afirmou.
Moreira destacou também o trabalho do Governo do Estado na busca de soluções para os assentamentos, em um momento em que o Governo Federal reduziu as políticas públicas para a área.
“A postura do Governo Paraná tem sido bastante importante, no sentido de continuar trabalhando para que essas 11 mil famílias acampadas sejam assentadas o quanto antes. O Governo do Paraná tem trabalhado para garantir que os serviços públicos essenciais cheguem até os assentamentos. Esperamos manter essa mesa de diálogo e que essa audiência traga ainda mais resultado”, finalizou.
COOPERATIVAS – Atualmente, cerca de 20 cooperativas reúnem aproximadamente 6 mil agricultores na produção de diversos produtos, como leite e seus derivados, cana-de-açúcar, café, frutas, legumes e hortaliças, erva-mate, mel, arroz e outros grãos. Esse trabalho tem um grande impacto na economia dos pequenos municípios que abrigam esses assentamentos.
NOVOS INVESTIMENTOS - De acordo com Serighelli, o governo estadual tem mediado a conversa entre as cooperativas e o governo federal para atrair novos investimentos para o Paraná. “Em Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do nosso Estado, tivemos uma reunião com a cooperativa Terra Viva, do MST de Santa Catarina, que tem o interesse de vir para o Paraná para trabalhar com a produção de leite”, contou. O Paraná pediu que o BNDES aporte esses recursos para que possamos gerar emprego naquela região o mais rápido possível”, afirmou.