Seminário da qualidade reúne gestores de 19 hospitais públicos do Paraná

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28/08/2018 - 16:10
Editoria

Duzentos e cinquenta gestores e representantes dos 19 hospitais estaduais – 15 unidades próprias do Governo do Estado e quatro hospitais universitários, além de equipes de hospitais municipais, filantrópicos ou privados, participaram do VII Seminário da Qualidade em Hospitais Públicos, em Curitiba. O evento, encerrado nesta terça-feira (28), foi organizado pela Secretaria de Estado da Saúde para discutir a qualidade hospitalar e segurança dos pacientes.

Segundo a superintendente das unidades hospitalares próprias do Estado, Vivian Raksa, o seminário serviu como uma capacitação, uma vez que ofereceu palestras com profissionais que atuam em hospitais reconhecidos pela excelência, como o Albert Einstein e Sírio Libanês, e também como local de troca de experiência.

O evento integra o Programa de Qualidade de Segurança do Paciente, criado em 2011 no Paraná. O programa engloba metas de qualidade e 42 ações que devem ser implantadas em cada hospital próprio do Estado. Todo o processo é acompanhado e supervisionado pela Secretaria de Estado da Saúde.

“Os hospitais tiveram a oportunidade de fazer visitas, um conhecendo o outro. Hoje os hospitais próprios têm uma identidade, eles participam da Rede de Atenção à Saúde e podem trocar experiências entre si. A equipe do Hospital Adauto Botelho conhece a equipe do Hospital do Trabalhador e vice-versa”, diz Vivian.

SEGURANÇA – Ela explica que existem seis protocolos básicos de segurança do paciente que os hospitais precisam seguir. Esses protocolos, definidos pelo Ministério da Saúde, têm como função orientar os profissionais e evitar a ocorrência de incidentes adversos dentro do atendimento ao paciente.

Cada um deles versa sobre um tema diferente: identificação do paciente, prevenção de quedas, segurança no uso de medicamentos, prática da higiene de lavar as mãos, cirurgia segura e prevenção de úlceras e lesões na pele devido a longa permanência hospitalar. Para cada protocolo, há uma série de orientações que devem seguidas pelas equipes do hospital.

Conforme Vivian, a adoção dos protocolos e a participação no Programa de Qualidade de Segurança do Paciente permitem que as unidades próprias do Estado apresentem a mesma excelência no atendimento. “Houve melhoria na compra de insumos, materiais e na compra de equipamentos. Os hospitais puderam padronizar o sistema de gestão da qualidade, com formulários padronizados, sistema de prontuário eletrônico”, lembra.

USUÁRIOS - Para a diretora do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná (Hospital São Roque), de Pinhais, Mara Lúcia Gomes Dissenha, o trabalho dos hospitais na qualificação e segurança de pacientes beneficia diretamente os usuários. “Nós trabalhamos com vidas e qualquer qualificação direcionada ao profissional de saúde tem reflexos para o usuário que está precisando do serviço. A qualidade e a segurança, em especial é para capacitarmos cada vez mais as equipes para que as pessoas percam o medo e tenham a certeza de que vão ser bem tratadas”, diz Mara.

EXEMPLOS – No caso dos quatro hospitais universitários vinculados à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a inserção no Programa de Qualidade permite que os profissionais de saúde em formação tenham contato desde cedo com os procolos e práticas adotadas em todo o Estado. “Diminuímos a distância entre a formação teórica e a prática dos profissionais que estão sendo formados”, diz Vivian.

O trabalho em torno da segurança do paciente precisa envolver todo o hospital, não apenas as equipes médicas ou de enfermagem, como conta a diretora de enfermagem do Hospital do Trabalhador, de Curitiba, Justina Cetnarski Maiczak. Até os familiares e os próprios pacientes são orientados. “A segurança do paciente é uma questão multidisciplinar. Todos precisam ser envolvidos. No caso da família e do paciente, eles podem ser um importante auxiliar no processo e não podem ficar de fora”, conta Justina.