Sem austeridade e pulso firme
não se governa, afirma Richa

No fórum promovido pela Faciap, o governador afirmou que o maior desafio dos estados é ampliar a capacidade de investimentos e, para isso, é preciso ação por parte dos gestores. Os governadores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina também falaram sobre medidas para enfrentar a crise nacional
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31/10/2016 - 19:30
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O governador Beto Richa afirmou nesta segunda-feira (31) que o maior desafio dos estados, atualmente, é ampliar a capacidade de investimentos e que, para isso, é preciso ação por parte dos gestores. “Sem austeridade e pulso firme não se governa”, disse Richa, ao participar do Fórum Gestão Pública – Ajustes ou Calamidades, promovido pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), em Curitiba. Os governadores de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, também participaram dos debates e falaram sobre medidas para enfrentar a crise econômica nacional. Pela manhã, os governadores participaram da reunião do Codesul.
Richa destacou as políticas públicas adotadas no Paraná para atrair investimentos e estimular o desenvolvimento do Estado. Ele citou o programa de incentivos Paraná Competitivo, que contribuiu com a expansão industrial no Estado, especialmente nas cidades do Interior. “Hoje vivemos o maior ciclo industrial da história”, afirmou.
Para dar suporte ao crescimento, disse Richa, há investimentos em infraestrutura, com a duplicação de 500 quilômetros de rodovias e a modernização e melhorias operacionais no Porto de Paranaguá. O Estado também ampliou o crédito às entidades do setor produtivo, por meio da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “Nosso governo foi o que mais aplicou recursos para capitalizar do BRDE, em 55 anos de história do banco. Foram R$ 200 milhões, que alavancam em sete vezes a capacidade de financiamento da instituição”, destacou.
Com a deterioração da economia a partir de 2014, o Governo do Estado precisou aplicar o ajuste fiscal, promovendo o reajuste de alíquotas de impostos, a redução de gastos e despesas do governo e a reforma da previdência. “Com isso, ampliamos em 2,5% a arrecadação do Estado, ao mesmo tempo em que diminuímos as despesas”, disse.
MODERNIZAÇÃO – O governador do Rio Grande do Sul também defendeu a modernização do Estado e a promoção do crescimento econômico como pilares para o enfrentamento da crise. Ele citou a experiência de seu Estado, que iniciou em 2015 um novo modelo de gestão. “Mesmo com as dificuldades que tivemos, todos deram sua contribuição para implantar uma cultura nova no processo de gestão na área pública”, afirmou.
Sartori salientou que é necessário um controle de gastos por parte do poder público. “O controle público é essencial para que se tenha equilíbrio fiscal. No Rio Grande do Sul, o ajuste fiscal, o controle do dinheiro público e equilíbrio financeiro são uma pauta positiva para criar um futuro melhor para o Estado”, disse. “Isso é importante para que tenhamos serviços públicos mais eficientes e o governo possa atender melhor, com prioridades bem estabelecidas, especialmente aqueles que mais precisam”, ressaltou.
EXPERIÊNCIAS - Para o governador de Santa Catarina, a troca de experiências entre os Estados é importante para a criação de políticas públicas eficientes neste momento de crise. “Para se enfrentar a crise é preciso medidas inteligentes, que produzam resultados de melhoria do serviço público e equilíbrio fiscal”, defendeu Colombo. “Precisamos de soluções conjuntas para que haja compreensão por parte de todos da necessidade de adotar essas mudanças. A grande decisão agora é a previdência, que precisa ser reformada para que esse modelo quebrado não prejudique a todos”, explicou.
AJUSTE - O presidente da Faciap, Guido Bresolin Junior, definiu o ajuste fiscal promovido pelo Paraná como caminho necessário para equilibrar as contas, que serve de modelo para outros estados. “O Paraná tem saído à frente, por causa do ajuste fiscal que o governo promoveu e pelo posicionamento das lideranças paranaenses em entender as reformas necessárias”, afirmou. “O Estado tem capacidade, condições e oportunidade para gerar cada vez mais renda ao cidadão e ao empresário paranaense”, completou.
PRESENÇAS – Participaram do encontro os secretários da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; e do Planejamento e Coordenação Geral, Cyllêneo Pessoa; o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche; o presidente do BRDE, Odacir Klein; o diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti; os presidentes do Tribunal de Justiça do Paraná, Paulo Roberto Vasconcelos; da Fecomércio-PR, Darci Piana; e da Ocepar, José Roberto Ricken; e os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli e Marcio Pauliki, além de presidentes e representantes de associações comerciais e empresariais do Paraná.

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