Secretário da Fazenda defende
urgência no fim da guerra fiscal

Em encontro com empresários do setor de máquinas e equipamentos, o secretário Luiz Carlos Hauly disse que vai trabalhar para apressar as discussões e soluções para a guerra fiscal
Publicação
10/08/2011 - 16:50
Editoria

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O secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, afirmou nesta quarta-feira (10), durante encontro com empresários do setor de máquinas e equipamentos, que vai trabalhar para apressar as discussões e as soluções para a guerra fiscal, que rouba R$ 120 bilhões por ano dos estados brasileiros. O ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, que também participou do encontro, avalia que haverá muita resistência de alguns estados e disse que Hauly pode liderar um movimento nacional pelas mudanças. “A experiência do Hauly vai ser fundamental para quebrar essas resistências”, afirmou.
O encontro foi realizado em Curitiba pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em Curitiba. Os empresários reivindicam a desoneração do ICMS nas compras de bens de ativos fixos (máquinas e outros equipamentos). Tanto Hauly como o ex-governador concordam com a medida.
O secretário paranaense elogiou as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff corrigindo as tabelas do Simples, assim como concorda com as medidas já anunciadas pelo Ministério da Fazenda com relação ao ICMS, a principal arma utilizada por governadores na guerra fiscal.
Hauly se dispôs a ir a Brasília conversar com todos os que forem necessários para aprovar as propostas, que podem ser implantadas por Resolução do Senado e incluem alíquota do ICMS de 4%, igual para todos estados, nas transações interestaduais; e o fim da diminuição de alíquotas para importação de produtos, que estão prejudicando muito a indústria brasileira.
PALESTRAS – Em outras duas palestras, também na manhã desta quarta-feira, Hauly fez a defesa do municipalismo, na Conferência Estadual de Vereadores; e, em evento do Instituto de Direito Tributário do Paraná, pediu a participação tanto da OAB como do instituto na discussão da reforma tributária, que considera essencia para o País se tornar mais justo e diminuir as diferenças entre ricos e pobres.
“O que se deseja numa reforma tributária é mexer de fato na estrutura dos tributos e na carga tributária, uma das maiores do mundo”, disse, ao afirmar que os vereadores também podem desempenhar papel importante no movimento, uma vez que têm influência sobre deputados estaduais e federais. O mais importante, afirma o secretário da Fazenda, é fazer uma reforma com justiça e inclusão social.

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