Secretarias da Justiça e Saúde discutem plano de atendimento à população carcerária

Um grupo de trabalho está sendo formado para planejar e aplicar recursos federais em ações de saúde nas unidades prisionais do Paraná
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14/03/2011 - 18:10
Editoria

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O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, reuniu-se nesta segunda-feira (14) com servidores da Secretaria da Justiça para discutir as ações de saúde no sistema penitenciário do Estado. A reunião foi marcada a partir do encontro com a secretária Maria Tereza Uille Gomes, da Justiça, para lançamento do projeto de prevenção e tratamento dos cânceres do colo do útero e mama, DST/Aids, tuberculose e hepatite B e C da população carcerária feminina, realizado na quinta-feira (10).
Michele Caputo Neto ressaltou a importância do encontro a fim de estabelecer metas conjuntas para planejamento da aplicação dos recursos federais disponíveis para promoção de saúde na população carcerária do Estado.
O superintendente de Atenção Primária, Antonio Dercy Silveira Filho, apresentou as propostas da Secretaria da Saúde para implantação do plano da saúde no sistema penitenciário do Paraná, destacando os recursos hoje disponíveis e a possibilidade de ampliar o volume de recursos a partir de um planejamento estratégico conjunto.
O diretor-clínico do Complexo Médico Penal, Carlos Peixoto, relatou a situação dos presídios estaduais e a carência de equipes de saúde. “Temos a possibilidade de implantar imediatamente nove equipes de saúde nas penitenciárias estaduais. Hoje, apenas Francisco Beltrão conta com uma equipe atuante”, disse.
A coordenadora de Planejamento e Projetos da Secretaria da Justiça, Sônia Maria Fedri Schober, falou da dificuldade de manter equipes médicas no sistema penitenciário. “Nossa população carcerária é de 15 mil presos e temos mais 15 mil pessoas presas nas cadeias públicas, que deverão ser transferidas para o sistema penitenciário. Teremos que reestruturar nosso sistema de saúde”, afirmou.
O secretário destacou a implantação de um grupo de trabalho composto por seis pessoas - três da Saúde e três da Justiça - para trabalhar com indicadores a fim de implantar novos projetos. O grupo trabalhará com metas e prazos definidos de implantação e validação.

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