Secretaria da Saúde alerta
contra envenenamento infantil

A iniciativa foi apresentada em videoconferência para as 22 Regionais de Saúde e 122 municípios paranaenses na segunda-feira. Objetivo é alertar pais, responsáveis e cuidadores de crianças para os perigos potenciais de envenenamento infantil.
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10/10/2017 - 09:10
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A Secretaria de Estado da Saúde lança a Campanha de Prevenção ao Envenenamento Infantil. A iniciativa foi apresentada em videoconferência para as 22 Regionais de Saúde e 122 municípios paranaenses na segunda-feira (9). O objetivo é alertar pais, responsáveis e cuidadores de crianças para os perigos potenciais de envenenamento infantil.

“Estamos focados em parcerias para atingir o maior número possível de pessoas sobre uma situação tão fácil de prevenir, mas que, se não orientadas, pode trazer sérios prejuízos às nossas crianças. A palavra-chave aqui é educação em saúde”, diz o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

Dados da Secretaria da Saúde mostram que em 10 anos foram notificados 11.051 casos de intoxicação causadas por agentes externos em crianças de 0 a 12 anos no Paraná. Aproximadamente 8,5 mil desses (77%) correspondem às intoxicações de crianças até 4 anos de idade.

De acordo com a bióloga da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, Juliana Cequinel, as crianças têm características que as tornam muito mais vulneráveis aos acidentes. “Crianças até 4 anos são muito curiosas e têm o hábito de levar objetos estranhos à boca, aumentando os riscos de envenenamento acidental por ingestão. A tendência a imitar comportamentos e a incapacidade de prever e evitar situações de perigo também são características que propiciam a intoxicação”, diz.

Produtos de higiene e limpeza, plantas, agrotóxicos e, principalmente, medicamentos são os principais responsáveis por intoxicações, e a maior parte ocorre dentro de casa (90%). “Por serem coloridos, os medicamentos ficam parecidos com balas e doces, atraindo os pequenos. Flores como o copo-de-leite também podem ser tóxicas e causar acidentes. Os responsáveis devem estar sempre atentos para que as crianças não tenham acesso a essas substâncias”, acrescenta Juliana.

SINTOMAS – Os venenos podem penetrar pela pele, olhos, respiração e, sobretudo, pela boca. Dentre os sintomas mais comuns do envenenamento estão dor; vômito; convulsão; diarreia; paralisia; respiração difícil; confusão mental; mudança na cor dos lábios; sensação de queimação na boca, garganta ou estômago; entre outros.

Em caso de envenenamento não se deve provocar vômito ou fazer respiração boca a boca; se o contato for pelos olhos, lavar com bastante água durante pelo menos 15 minutos e procurar com urgência o serviço de saúde. Quando for ao médico, levar a embalagem do produto, medicamento ou parte da planta que a criança teve contato.

A bióloga também lembra que os efeitos dos venenos podem não ser imediatos. “Se encontrar produtos perigosos abertos, observe atentamente a criança. E também é importante ficar atento aos animais de estimação, que também podem sofrer envenenamento”, diz.

Para outras dúvidas e informações, o Centro de Controle de Envenenamento do Paraná atende pelo 0800 41 0148 em plantão 24 horas.

PARCEIROS – Para divulgar a campanha, foram firmadas parcerias com instituições da área de educação, agricultura, serviço social, entre outros. Diversos municípios do Estado já estão com ações programadas em escolas, unidades de saúde, creches, praças, igrejas, além de abordagens em residências e blitze educativas.

Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre a Campanha de Prevenção ao Envenenamento Infantil, pode solicitar os materiais para as Regionais de Saúde. Em Curitiba, o material pode ser retirado no prédio central da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Rua Piquiri, 170 – Rebouças), na Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações.

O material deve ser previamente reservado pelo (41) 3330 4470. Também é possível acessá-lo no site da Sesa (http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1444).

Box: Como podemos proteger as crianças?

Crianças devem ser sempre supervisionadas por adultos;

Os produtos de limpeza e venenos devem ser guardados longe do alcance das crianças, preferencialmente em armários trancados;

Nunca diga às crianças que medicamento é doce, faz crescer ou deixa forte;

Os medicamentos devem ficar trancados e fora do alcance das crianças;

Orientar as crianças para não colocar plantas ou parte delas na boca;

Medicamentos devem ser tomados somente com orientação médica;

Não compre e não utilize produtos de origem clandestina ou desconhecida;

Verifique no rótulo dos produtos se constam o número de registro do Ministério da Saúde ou Agricultura, validade, identificação do fabricante, do princípio ativo e informações sobre o tratamento em caso de intoxicação;

Guarde os alimentos separados dos produtos de limpeza e venenos (inseticidas, raticidas, etc.);

Inseticidas e raticidas devem ser usados com muito cuidado. Leia atentamente o rótulo e siga as instruções;

Não compre inseticidas, raticidas ou produtos de limpeza de vendedores ambulantes ou feirantes;

Se você não é um especialista, contrate um profissional para fazer a desinsetização e a desratização de sua casa;

Após o uso de produtos perigosos, lave bem as mãos com bastante água e sabão. Troque a roupa, se necessário;

Nunca reutilize as embalagens para armazenar outros produtos, principalmente alimentos;

Só compre produtos se estiverem lacrados, rotulados e em embalagem original.

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