Secretaria da Família homenageia
servidoras do Governo do Estado

A Importância do trabalho das mulheres na construção das políticas públicas foi destacado em evento, realizado no Palácio das Araucárias, em Curitiba
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08/03/2017 - 16:40
Editoria

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A maioria dos servidores estaduais do Paraná é formada por mulheres, que compõem cerca de 60% do quadro. Nesta quarta-feira (08), a Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social prestou homenagem a todas as servidoras estaduais em evento no Palácio das Araucárias, em Curitiba. A servidora da Secretaria da Família, Regina Amasiles Rodrigues Costa, 75 anos, recebeu homenagem especial, em nome de todas as demais funcionárias. A programação incluiu apresentação cultural durante a manhã.
A coordenadora da Política da Mulher, Terezinha Beraldo Ramos, disse que a homenagem representa o reconhecimento do Governo do Estado a todas as mulheres que diariamente trabalham para a construção das políticas públicas no Paraná. “É uma forma singela de valorizar o trabalho de todas estas mulheres, que servem nossa população com muita dedicação, comprometimento e profissionalismo, e ajudam a fazer do Paraná um Estado melhor para se viver,” disse ela.
EXPERIÊNCIA - Na Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, são 248 mulheres, sem contar as estagiárias. A mais veterana é Regina. Em novembro ela chegará aos 76 anos de idade e passará a integrar um exclusivo clube, ao lado de apenas três servidoras do Estado. São elas as únicas além dos 75 anos de idade que, mesmo aposentadas, continuam na ativa, ensinando os que chegam e dando seu exemplo de dedicação ao serviço público.
A homenagem à Regina foi entregue pela servidora mais nova da secretaria, a Kharin Thyemmi Yamanaka, de 20 anos. “Que toda a sua coragem, dedicação e disposição sirva de inspiração para todas nós”, disse Kharin.
HOMENAGEADA - Com 33 anos no serviço público, Regina diz que nem lhe passa pela cabeça ir embora agora. A memória perfeita pode percorrer cada detalhe de sua vida. “Nasci em Curitiba, estudei piano por 8 anos e me formei professora de inglês e francês.” Mas não foi para a sala de aula: “Durante 25 anos, fui instrutora do Senac, onde era responsável pela área da organização de eventos e cerimonial público e empresarial, até que tudo mudou.”
Em 1965, casada com o engenheiro Aramys Meyer Costa, com quem já tinha duas filhas (depois vieram um menino e mais uma menina), Regina seguiu o marido e foram todos para Campo Mourão, Noroeste do Paraná. Aramys trabalhava no Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e assumira a tarefa de desenhar e executar a construção de estradas naquela região. Gostaram tanto que por lá ficaram 30 anos.
VIDA PROFISSIONAL: Foi em Campo Mourão que Regina prestou concurso e assumiu o Centro de Triagem e Desenvolvimento Social e, mais tarde, o Núcleo Regional da Secretaria da Criança e Assuntos da Família. Tornou-se especialista em assistência social e viajou por todo o Paraná acompanhando o nascimento de conselhos estaduais e municipais.
Em 1996, a então secretária da Criança e Assuntos da Família, Fani Lerner convidou Regina a retornar à capital. Com os filhos já adultos, o casal não titubeou e logo estava em Curitiba. Na Secretaria da Criança, além de atender os conselhos, Regina cuidava do cerimonial e acompanhava a secretária em viagens ao interior. “Bem no começo era apenas assistencialismo”, recorda, “mas logo se impôs uma ideia de transformação: tirar as pessoas de uma situação de vulnerabilidade e realizar de fato a tarefa de promoção humana”.
O que era um ideal dos pioneiros da assistência social se realiza hoje na Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, avalia Regina. “Com o trabalho da secretária Fernanda Richa e sua equipe, caminhamos a passos largos na assistência social e na garantia de direitos”, diz. “Nossa missão é realizadora.”
Sobre o 8 de março, não se revela feminista de erguer bandeiras, mas mulher de construir pontes. “Na luta por seus direitos, as mulheres foram demonstrando competência para exercer qualquer profissão. São provedoras de lares e precisam ser respeitadas por isso”, ensina.

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