A Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social promoveu nesta sexta-feira (14) videoconferência sobre o desenvolvimento e o financiamento de ações estratégicas para erradicação do trabalho infantil no Paraná. O evento, voltado para técnicos e gestores da rede socioassistencial, foi transmitido de Curitiba para os 22 escritórios regionais da secretaria e mais 56 municípios que promovem ações nessa área.
“Nosso compromisso para a erradicação do trabalho infantil envolve a participação de profissionais de toda a rede de proteção, incluindo a saúde e educação. Temos o grande desafio de conscientizar a sociedade sobre este tema”, diz a coordenadora da Proteção Social Especial, Juliany Santos.
“A medida que mobilizamos os profissionais da assistência social, incentivamos que isso seja replicado para todas as áreas e para a sociedade como um todo”, afirma.
CAPACITAÇÃO - Para Francisco Coullanges Xavier, representante do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) e palestrante do evento, a capacitação é fundamental, porque tira os técnicos da teoria e proporciona métodos de ação efetiva no território.
Xavier salienta que o trabalho infantil é, muitas vezes, naturalizado. “As pessoas têm a ideia de que ele dignifica a criança. Isso não é verdade”, rebate. “O trabalho infantil causa problemas de saúde, atraso no desenvolvimento corporal e problemas de saúde mental. O único trabalho da criança é estudar e brincar”.
Para orientar as equipes, foi apresentado aos participantes o Caderno de Orientações Técnicas para o aperfeiçoamento da Gestão do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), desenvolvido pela equipe técnica da Secretaria da Família.
PRÊMIO – Também foi apresentado o prêmio recebido pela Secretaria por conta da peça publicitária O Menino da Porteira, que faz parte de uma campanha de combate ao trabalho infantil no campo. A campanha foi premiada na categoria Rádio do Best Mídia 2018, promovido pelo Grupo de Mídia do Paraná.
PETI - As Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti) são destinadas a cidades que têm alta incidência de trabalho infantil. O programa é desenvolvido nos municípios, com apoio dos estados, do governo federal e da sociedade civil.
O programa, além de assegurar a transferência direta de renda às famílias, oferece a inclusão das crianças e dos jovens em serviços de orientação e acompanhamento. A frequência escolar é uma das regras exigidas.
No Paraná, as ações do Peti são coordenadas pela Secretaria da Família que é a responsável pela política de defesa e garantia de direitos das crianças e dos adolescentes.
O trabalho junto aos municípios é feito por meio de campanhas de conscientização, capacitação e mobilização. A Secretaria também faz o acompanhamento e o monitoramento dos avanços.