A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento vai lançar em 2012 um plano para recuperação da pecuária de corte no Paraná. A intenção do plano – que será previamente discutido em todas as regiões produtoras – é criar condições para a produção de carne com a qualidade exigida pelo mercado. A elaboração do plano foi definida durante reunião entre representantes do Estado e da cadeia produtiva, na quinta-feira (1º).
Um diagnóstico elaborado por técnicos da secretaria e do Instituto Emater mostra que no Paraná a pecuária de corte ocupa áreas degradadas, tem baixo desempenho – em torno de 1,2 cabeças por hectare/ano – e perdeu muito espaço para o cultivo de grãos e de cana-de-açúcar. O documento aponta também dificuldades na relação entre criadores, indústria e mercado e prevê que, se nada for feito, a tendência da pecuária de corte é continuar perdendo área. “Enquanto isso, em outros estados o setor se organizou e a produção de carne avançou”, disse o zootecnista Luiz Fernando Brondani, da Emater. “Não temos a intenção de ser grandes produtores, mas certamente reunimos as condições para produzir carne com qualidade.”
CONFIANÇA – A proposta apresentada para discussão com a iniciativa privada é fortalecer a ação do Estado na cadeia produtiva, como fiador de uma relação de equilíbrio e confiança entre produtores e indústrias. “Temos que construir uma relação onde todos ganhem”, disse o técnico da Emater.
Segundo ele, o potencial da cadeia produtiva da carne é grande no País e o mercado está bastante promissor. O gerente de mercado do Banco do Brasil, Pablo da Silva Ricoldy, garantiu as linhas de crédito necessárias para recuperação da pecuária no ano que vem, desde que se enquadre no Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do governo federal, que incentiva agricultores e pecuaristas a adotar práticas sustentáveis.
O BB tem R$ 122 milhões para aplicar no programa ABC no Paraná, durante a safra 2011/12. As taxas de juros são atrativas, de 5,5% ao ano, com prazo de pagamento de até 15 anos, dependendo da finalidade. Pelo ABC, o banco vai financiar investimentos para recuperação de áreas e pastagens degradadas e sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta, entre outras atividades.
REPERCUSSÃO – O presidente do Sindicarnes, Péricles Salazar, elogiou o secretário Norberto Ortigara pela iniciativa, destacando que repensar a cadeia produtiva da carne é necessidade urgente. “A cadeia produtiva da pecuária de corte se organizou em outros Estados e aqui nada foi feito”, afirmou. Para o executivo, somente o Estado poderá implementar as ações apontadas no diagnóstico para alavancar a cadeia produtiva da pecuária de corte.
A produção atual do Estado não atende à demanda de carne no mercado. Enquanto o consumo anual de carne bovina no Paraná é de 350 mil toneladas, a produção é de apenas 312 mil toneladas. “Como a competição é acirrada, outros estados produtores podem se organizar para ampliar a produção e se apropriar dessas oportunidades”, apontou o estudo.
O estudo apontou que, se houver adicional de pelo menos 100 mil toneladas de carne na produção anual até 2022, podem ser gerados mais 18 mil postos de trabalho no Estado.
METODOLOGIA – Ronei Volpi, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), representando também a Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte, sugeriu à secretaria seguir a metodologia do Fórum do Desenvolvimento do Agronegócio, que tem a participação de 13 instituições para promover o desenvolvimento de cadeias produtivas como café, leite e olericultura no Estado.
O pecuarista Licio Isfer concordou que o momento é de aproveitar a oportunidade e contribuir para que o Estado se destaque como produtor de carne de qualidade. Segundo ele, o Paraná reúne condições excepcionais de clima, com regime de chuvas regulares na região Centro-Sul, mão de obra qualificada e tem disponibilidade de áreas. “Há potencial de negócios tanto para produtores como para a indústria”, observou.
Um diagnóstico elaborado por técnicos da secretaria e do Instituto Emater mostra que no Paraná a pecuária de corte ocupa áreas degradadas, tem baixo desempenho – em torno de 1,2 cabeças por hectare/ano – e perdeu muito espaço para o cultivo de grãos e de cana-de-açúcar. O documento aponta também dificuldades na relação entre criadores, indústria e mercado e prevê que, se nada for feito, a tendência da pecuária de corte é continuar perdendo área. “Enquanto isso, em outros estados o setor se organizou e a produção de carne avançou”, disse o zootecnista Luiz Fernando Brondani, da Emater. “Não temos a intenção de ser grandes produtores, mas certamente reunimos as condições para produzir carne com qualidade.”
CONFIANÇA – A proposta apresentada para discussão com a iniciativa privada é fortalecer a ação do Estado na cadeia produtiva, como fiador de uma relação de equilíbrio e confiança entre produtores e indústrias. “Temos que construir uma relação onde todos ganhem”, disse o técnico da Emater.
Segundo ele, o potencial da cadeia produtiva da carne é grande no País e o mercado está bastante promissor. O gerente de mercado do Banco do Brasil, Pablo da Silva Ricoldy, garantiu as linhas de crédito necessárias para recuperação da pecuária no ano que vem, desde que se enquadre no Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do governo federal, que incentiva agricultores e pecuaristas a adotar práticas sustentáveis.
O BB tem R$ 122 milhões para aplicar no programa ABC no Paraná, durante a safra 2011/12. As taxas de juros são atrativas, de 5,5% ao ano, com prazo de pagamento de até 15 anos, dependendo da finalidade. Pelo ABC, o banco vai financiar investimentos para recuperação de áreas e pastagens degradadas e sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta, entre outras atividades.
REPERCUSSÃO – O presidente do Sindicarnes, Péricles Salazar, elogiou o secretário Norberto Ortigara pela iniciativa, destacando que repensar a cadeia produtiva da carne é necessidade urgente. “A cadeia produtiva da pecuária de corte se organizou em outros Estados e aqui nada foi feito”, afirmou. Para o executivo, somente o Estado poderá implementar as ações apontadas no diagnóstico para alavancar a cadeia produtiva da pecuária de corte.
A produção atual do Estado não atende à demanda de carne no mercado. Enquanto o consumo anual de carne bovina no Paraná é de 350 mil toneladas, a produção é de apenas 312 mil toneladas. “Como a competição é acirrada, outros estados produtores podem se organizar para ampliar a produção e se apropriar dessas oportunidades”, apontou o estudo.
O estudo apontou que, se houver adicional de pelo menos 100 mil toneladas de carne na produção anual até 2022, podem ser gerados mais 18 mil postos de trabalho no Estado.
METODOLOGIA – Ronei Volpi, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), representando também a Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte, sugeriu à secretaria seguir a metodologia do Fórum do Desenvolvimento do Agronegócio, que tem a participação de 13 instituições para promover o desenvolvimento de cadeias produtivas como café, leite e olericultura no Estado.
O pecuarista Licio Isfer concordou que o momento é de aproveitar a oportunidade e contribuir para que o Estado se destaque como produtor de carne de qualidade. Segundo ele, o Paraná reúne condições excepcionais de clima, com regime de chuvas regulares na região Centro-Sul, mão de obra qualificada e tem disponibilidade de áreas. “Há potencial de negócios tanto para produtores como para a indústria”, observou.