Saúde e Sebrae apoiam
pequenos produtores a
regularizar atividades

Agricultores familiares terão suporte para trabalhar conforme normas da Vigilância Sanitária e competir no mercado
Publicação
14/10/2015 - 09:10
Editoria

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O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, e o superintendente do Sebrae Paraná, Vítor Roberto Tioqueta, assinaram nesta terça-feira (13) carta de intenções para apoiar pequenos empreendedores de agricultura familiar e empreendimento solidário a regularizar as atividades com foco na qualidade e segurança sanitária. A assinatura do documento foi feita na abertura do Seminário sobre Normalização Sanitária para a Agricultura Familiar e Empreendimento Econômico Solidário, que vai até quinta-feira (15), em Curitiba.
Para o secretário, a carta de intenções dá início a um processo de apoio contínuo a esses empreendedores. “A Vigilância Sanitária tem o dever de proteger a saúde da população e a fiscalização é uma das atividades inerentes da área. No entanto, é preciso conhecer a necessidade dos produtores e apoiá-los para que novos negócios se viabilizem com foco na qualidade e segurança. A parceria com o Sebrae é decisiva para isso”, afirmou Caputo Neto.
O secretário afirmou que há uma ilusão no mercado de que as empresas mais estruturadas e com equipamentos sofisticados operam com maior qualidade e segurança. “Temos no Paraná empresas muito simples produzindo alimentos de grande qualidade. Temos que ouvir o que esses produtores precisam para crescer e evitar que a burocracia seja empecilho para que sua produção chegue ao mercado”, afirmou Caputo Neto.
Segundo o superintendente do Sebrae, o Paraná conta com mais de 300 mil microempreendedores individuais e muitos deles estão em processo de montagem de empresas na área de alimentação. “A facilidade de abertura das empresas pela Rede Sim viabiliza novos negócios com rapidez sem deixar de lado a responsabilidade do empresário quanto à qualidade e segurança dos produtos”, disse Tioqueta.
Para o superintendente, a parceria com a Secretaria de Estado da Saúde vai possibilitar que essas empresas possam competir no mercado, pois nascem dentro das normas legais estabelecidas.
Segundo o Sebrae, a Rede Sim está presente em 200 municípios paranaenses e apoia a abertura simplificada de empresas para tirar a informalidade muitos empresários que desistiam da empreitada por conta da burocracia.
PROGRAMA – O projeto de apoio aos microempreendedores foi idealizado a partir da necessidade relatada por agricultores sobre as dificuldades para comercializar seus produtos.
Técnicos da Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria de Estado da Saúde visitaram propriedades rurais e conheceram de perto os fatores que impedem a produção de pequenas propriedades a chegar ao mercado consumidor.
Segundo o chefe da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana, a realização do seminário foi uma forma encontrada para ouvir todos os envolvidos. “Queremos propor ações para simplificar o processo de abertura de empresas e atuar de forma educativa e preventiva para que os empresários atendam ao que é exigido nas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, afirmou.
O seminário conta com a participação cerca de 120 pessoas, entre técnicos da vigilância sanitária das 22 regionais de saúde e dos municípios, representantes de agricultores familiares, de povos indígenas e de comunidades tradicionais, empreendedores solidários e representantes do Sebrae.
Também participaram da abertura do evento, o diretor presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroets, o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Paraná, Reni Denardi, e o técnico da União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Unicafs) Álvaro Jun Guibo.
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