A Secretaria de Estado da Saúde promoveu nesta quarta-feira (20), em Curitiba, uma capacitação sobre hanseníase. O evento foi voltado a médicos, enfermeiros e outros profissionais da atenção primária e vigilância epidemiológica da 2ª Regional de Saúde Metropolitana e contou com a presença de cerca de 100 pessoas.
O diretor do Centro Estadual de Epidemiologia, João Luís Crivellaro, explicou a importância de ser um agente ativo no combate à hanseníase. “Nosso objetivo é estimular e capacitar estes profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, evitando sequelas e limitações que podem ser causadas pela hanseníase.
De acordo com ele, os participantes também devem compartilhar o conhecimento com outros profissionais da atenção primária e trabalhar de forma integrada com a vigilância em saúde para ampliar as chances de um combate efetivo da doença”.
A hanseníase ataca os nervos e a pele, causando manchas dormentes no corpo. A doença também aparece em forma de caroços ou inchaços, geralmente no rosto ou orelhas. “Essas manchas não coçam, incomodam ou doem. Por esse motivo, muitas vezes as pessoas ignoram os sintomas e não conseguem ter um diagnóstico precoce”, explica o chefe da Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Renato Lopes.
A enfermeira Ivete Villar, do município de São José dos Pinhais, comentou a importância de estar sempre bem informado sobre a doença. “Capacitações como essa são muito importantes para nós estarmos atualizados e aprendendo cada dia mais. Levamos os conhecimentos para o nosso município e, dessa maneira, podemos prevenir novos casos da doença”, conta.
A capacitação contou com a palestra do dermatologista do Programa estadual de Combate à Hanseníase da Secretaria da Saúde, Thiago César Berestinas. O médico abordou assuntos pertinentes à doença, como diagnóstico e tratamento.Também foram distribuídos materiais informativos para os profissionais.
DADOS – Em 2017 foram registrados 561 casos de hanseníase no Paraná. Segundo Lopes, a tendência é que esse número continue diminuindo. “No Paraná, os casos vêm reduzindo e a tendência é que se mantenham assim. Com esta capacitação vamos formar agentes ativos para fazer a detecção precoce da doença e iniciar o tratamento para evitar transtornos futuros na vida do paciente”, enfatiza.