Richa verifica estragos e acompanha
situação das famílias de Foz do Iguaçu

O governador sobrevoou a cidade e visitou comunidade onde 95% das casas foram danificadas. A cidade foi a mais prejudicada pelo vendaval e granizo que atingiram 39 municípios do Paraná
Publicação
09/09/2015 - 16:30
Editoria

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O governador Beto Richa esteve nesta quarta-feira (9) em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para verificar os danos causados pelo temporal da madrugada de terça-feira (8). A cidade foi a mais prejudicada pelo vendaval e chuva de granizo, que atingiram 39 municípios do Estado. Das 99.113 pessoas afetadas no Estado, cerca de 60 mil são de Foz do Iguaçu.
Richa sobrevoou o bairro Porto Meira, na região Sul de Foz, que teve 95% das casas destelhadas. Acompanhado da secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e do prefeito Reni Pereira, foi à comunidade cristã Povo de Deus, no bairro Ouro Verde, epicentro do vendaval. Ele esteve, também, nas instalações do 14º Batalhão da Polícia Militar, onde 32 veículos foram danificados e a cobertura do batalhão quase toda destruída pelo granizo.
“Viemos fazer uma ação de reconhecimento dos prejuízos. É assustador, um grande estrago. As pessoas relatam momentos dramáticos no momento da chuva, não tinham para onde correr. Só estão mais tranquilas porque não houve feridos, não se sabe como”, afirmou Richa. De acordo com a prefeitura, 2 mil pessoas estão desalojadas.
Beto Richa disse que o momento é de levantamento dos prejuízos e que é preciso que a cidade tenha oficializada a situação de emergência para se ter uma posição sobre o repasse de recursos para um apoio mais efetivo. “A ajuda imediata já está providenciada, com colchões, cobertores, cestas básicas, matérias de limpeza e higiene e materiais de construção”, disse o governador.
O prefeito Reni Pereira explicou que já decretou situação de emergência e agora busca o apoio do governo estadual e governo federal para o reconhecimento. “A vinda do governador facilita o reconhecimento imediato pelo Estado. Numa situação como esta, quanto mais rápido são feitos os procedimentos que a lei determina, mais ágil é a recuperação”, disse.
AJUDA IMEDIATA - Imediatamente após o ocorrido, contou o prefeito Reni Pereira, houve mobilização da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, com o apoio de outras regionais, como a Cascavel e Guarapuava. “A ajuda, que veio de imediato, duas horas depois do vendaval, nos ajudou a contornar o pior momento da tragédia. Hoje, a situação está mais calma, o pessoal já está tendo o atendimento emergencial. Foi crucial o apoio da Defesa Civil e do Governo do Estado no pior momento da crise”, afirmou Pereira.
O apoio se dá, também, com doações articuladas pelo governo estadual e entregues pelo Provopar, como lonas, cestas básicas, cobertores e colchonetes. “Fizemos uma arrecadação especial para este momento”, explicou a secretária Fernanda Richa. “Estão chegando mais agasalhos e materiais de higiene e limpeza. Assim que for reconhecida a situação de emergência, automaticamente, os recursos são liberados para atender as famílias”, disse a secretária. “A ajuda da prefeitura e do Governo do Estado é uma ação de fraternidade e de amor ao próximo”, afirmou o pastor Pedro Siqueira Matos, líder da comunidade Povo de Deus.
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APOIO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RESPOSTA
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho Casitas, explicou que o apoio efetivo do Governo do Estado poderá ser feito após o reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência. “Estamos acompanhando a situação desde a segunda-feira, nos momentos que antecederam o desastre natural, com a deflagração do sistema de alerta. Toda a Defesa Civil está mobilizada e presta apoio técnico à equipe da prefeitura para a elaboração da ficha de desastre e do plano detalhado de resposta. “Este plano é importante, porque nele ficam constatados todos os prejuízos do município. A legislação federal determina um índice de prejuízo, baseado em sua receita líquida corrente do município, para a decretação da situação de emergência”, explicou. “Estamos auxiliando Foz do Iguaçu para relacionar todos os prejuízos o atingimento deste índice para que o Estado possa, efetivamente, entrar com um investimento pesado para recuperar os danos causados à população de Foz do Iguaçu.
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NOS 35 MUNICÍPIOS CHUVAS AFETARAM MAIS DE 99 MIL PESSOAS

Os temporais da madrugada de terça-feira (8) afetaram 99.113 pessoas em 39 municípios paranaenses. Conforme boletim emitido pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, às 12 horas desta quarta-feira (9), são 3.329 desalojadas e 62 desabrigadas. Os temporais danificaram 24.215 casas.
Em Foz do Iguaçu, muitas pessoas desalojadas estão em casas de amigos e parentes. Outros estão na Escola Municipal Adele Zanotto, onde recebem doações e refeições. Pelo menos seis unidades de saúde foram atingidas, algumas escolas e creches tiveram o atendimento suspenso ou estão funcionando parcialmente. A construção de um edifício de quatro pavimentos, que estava em fase inicial, veio ao chão.
Em Nova Esperança, na região Noroeste, o temporal afetou 20.314 pessoas. A cidade registrou 5.370 residências danificadas e 800 pessoas desalojadas. Em Goioxim, próximo a Guarapuava, na região Centro-Sul, as chuvas afetaram 2,5 mil pessoas. Mais de 500 casas foram danificadas. Em Ponta Grossa (Campos Gerais), foram 2.029 pessoas afetadas. Em Nova Olímpia, também no Noroeste, as chuvas afetaram 1.200 pessoas.
Os temporais provocaram estragos também em Ampére, Bela Vista da Caroba, Bituruna, Campina Grande do Sul, Capanema, Cidade Gaúcha, Flor da Serra do Sul, Guaíra, Guaporema, Mallet, Manfrinópolis, Mandirituba, Manoel Ribas, Maria Helena, Maringá, Matelândia, Marmeleiro, Nova Olímpia Pato Branco, Paraíso do Norte, Planalto, Reserva, Rondon, Santa Helena, Salgado Filho, Santa Tereza do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São Manoel do Paraná, Tibagi, Umuarama e União da Vitória.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr

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