Richa discute integração ferroviária com ministro dos Transportes

Objetivo é viabilizar a construção de um ramal ferroviário interligando a Ferrovia do Pantanal, na região de Maracaju e Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Cascavel, no Paraná, passando por Mundo Novo e Guaíra.
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16/02/2011 - 12:24
Editoria
O governador Beto Richa se reúne nesta quarta-feira (16), às 14h30, em Brasília, com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli. O objetivo do encontro é discutir formas de tornar viável a construção de um ramal ferroviário interligando a Ferrovia do Pantanal, na região de Maracaju e Dourados, no Mato Grosso do Sul, a Cascavel, no Paraná, passando por Mundo Novo e Guaíra.
“É uma obra fundamental. Além de baratear o custo de escoamento da safra agrícola do centro-oeste e norte do Brasil, vai proporcionar o desenvolvimento econômico e social de toda a região e fortalecer o Porto de Paranaguá”, disse Richa, que no último dia 7 recebeu o governador Puccinelli em Curitiba para tratar do assunto.
O traçado da ferrovia foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-1), do governo federal, em 2008, mas o projeto não progrediu, por falta de apoio do Paraná. A intenção dos governadores é incluir a obra – que tem custo estimado de R$ 1,6 bilhão – no PAC-2.
Pela proximidade geográfica e pelo volume transportado em outros portos, a saída por trem por Paranaguá é a melhor alternativa para escoar a produção daquela região do centro-oeste brasileiro, que chega a 5 milhões de toneladas de grãos, 2,5 bilhões de litros de álcool e 1,5 milhão de toneladas de açúcar para exportação, por ano. Por isso, o governador Puccinelli busca a parceria administrativa do Paraná para a construção de um ramal de 350 quilômetros entre Dourados (MS) e Cascavel (PR).
O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, também participa da reunião. Ele afirma que a ferrovia é a melhor opção para o transporte de grandes volumes a grandes distâncias. “A extensão da Ferroeste S.A. até Guaíra e, posteriormente, até Dourados (MS) consolidará o desenvolvimento econômico e a logística da indústria moageira e também permitirá o fortalecimento dos terminais exportadores de grãos e farelos no Estado”, afirmou José Richa Filho.
FERROESTE — O presidente da Ferroeste, Mauricio Teodoro Quirino, afirma que o projeto de uma ferrovia ligando Cascavel a Guaíra está pronto, e aguarda a alocação de recursos para iniciar a obra. O Exército Brasileiro também colocou-se à disposição para fazer o acompanhamento do projeto e da execução da obra.
Quirino afirmou ainda que o produtor economiza em torno de um dólar por tonelada transportada por ferrovia em relação ao transporte rodoviário. “É um dinheiro a mais que fica na cadeia produtiva. No caso do Mato Grosso do Sul, são aproximadamente 5 milhões de dólares apenas da safra de grãos. No Paraná podem ser pelo menos outros 8 milhões de dólares”, afirma o presidente da Ferroeste.
Outra vantagem é o tempo ganho no transporte. De caminhão, do Mato Grosso do Sul a Paranaguá, a viagem dura em torno de três dias. Pela ferrovia, o percurso pode ser feito em 18 horas.

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