O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (04) a ordem de serviço para a duplicação da PR-445, no trecho de 15,2 quilômetros entre Londrina e o distrito de Irerê. A obra vai custar R$ 93,4 milhões e dá continuidade ao projeto de modernização da rodovia, que já teve 22 quilômetros duplicados no perímetro urbano de Londrina, dos quais 17 foram bancados pelo Governo do Estado e cinco pela concessionária Econorte.
A duplicação do trecho que corta a área urbana era, segundo o governador, a maior demanda de Londrina. “A obra foi feita e agora, cada vez que venho para cá são só elogios, o quanto ficou boa e o quanto contribuiu para o desenvolvimento da região, na saída da cidade para Cambé. São 15 trincheiras, a obra ficou espetacular”, disse Richa. Houve redução de mais de 70% no número de acidentes.
O governador disse que a demanda, agora, é a duplicação até o trevo de Mauá. “Como fizemos o ajuste fiscal, equilibramos as contas públicas e temos dinheiro em caixa, foi possivel dar continuidade à duplicação”, afirmou. O primeiro trecho autorizado, até o distrito de Irerê, é o mais sobrecarregado e segundo o governador o projeto é complexo, com sete pontes, duas trincheiras e quatro viadutos.
“Fazendo este trecho, obviamente a duplicação não para mais e vai chegar até Mauá. Daí se encontra com a Rodovia do Café, que está sendo duplicada de Apucarana a Ponta Grossa. Daqui a uns anos, sera possivel ir de Londrina até Curitiba e ao Litoral ou ao Porto de Paranaguá só em pista dupla. É uma grande conquista”, afirmou o governador.
O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, definiu a obra como um sonho da cidade. “O trajeto de Londrina a Mauá da Serra tem alto fluxo de veículos e muitas vidas foram perdidas no trajeto. Após este primeiro trecho, de Londrina a Irerê, virão outros. Será um ramal de desenvolvimento. Uma obra é histórica”, afirmou ele.
CONJUNTO DE OBRAS - O segundo trecho de duplicação PR-445 integra um conjunto de obras rodoviárias autorizado pelo governador na terça-feira (3). Os projetos incluem a duplicação da Rodovia dos Minérios (RMC), revitalização da Avenida Bento Rocha e a construção de um viaduto na BR-277, em Paranaguá; a duplicação do trecho urbano da PR-466, em Guarapuava. Também foi autorizada a licitação para construção de um viaduto na BR-277 em Foz do Iguaçu.
TRINCHEIRAS E VIADUTOS – Neste segundo trecho de duplicação da PR-445 haverá duas novas trincheiras e quatro viadutos nos distritos de Irerê e Cegonha. A Ponte dos Apertados será ampliada e ao lado dela será construída uma nova. A atual ponte sobre o Ribeirão Três Bocas será demolida e no local haverá duas novas pontes.
Também serão construídas quatro novas pontes nas marginais da rodovia sobre os Ribeirões Cafezal e Três Bocas. Em toda a extensão do trecho serão construídos muros de contenção para preservar a faixa de domínio. A previsão de conclusão da obra é de dois anos a partir da emissão da ordem de serviço.
“Uma obra muito esperada e bastante complexa. Fizemos estudo e discutimos com a comunidade”, disse o secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele explicou que uma comissão de infraestrutura formada pela Associação Comercial e engenheiros de Londrina ajudou muito na construção desta solução.
O custo de duplicação do trecho, segundo o secretário, era inicialmente de R$ 138 milhões. “Ficou em R$ 94 milhões. Tivemos desconto porque o Paraná paga em dia”, disse ele. “O contrato com a empresa vencedora da licitação será assinado nos próximos dias. Daí ela apresenta o plano de trabalho, em dez dias os prazos terminam e obra pode ser iniciada”, disse Richa Filho.
MARGINAIS E PASSARELAS - O DER-PR vai recuperar 13 quilômetros de marginais dos trechos urbanos da PR-445 entre Cambé e Londrina, que sofreram desgaste anormal durante a duplicação da rodovia. Também estão sendo instaladas três passarelas no trecho, com previsão de conclusão dos trabalhos em 6 meses. Investimento totaliza R$ 1,8 milhão.
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Governo autoriza Iapar a ceder terreno para projeto habitacional
Durante a solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras na PR-445, o governador Beto Richa também autorizou o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) a ceder um de seus terrenos para a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar).
O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e o secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, também participaram da solenidade, além do deputado estadual Tiago Amaral.
O espaço cedido, anexo à unidade do Iapar em Londrina, tem 21,9 hectares e será usado para a construção de casas e apartamentos funcionais. A Cohapar ficará responsável pela implantação das unidades habitacionais, assim como por todos os trâmites que envolvem os beneficiários finais e o cadastramento no Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
Como contrapartida à cessão do terreno, o Iapar receberá recursos que serão utilizados para pesquisas e demandas institucionais da autarquia.