Richa afirma que Estado reage à crise
com pagamentos e retomada de obras

O governador falou sobre as medidas de ajuste fiscal, com corte de gastos do governo e alinhamento de alíquotas de impostos. “Já estamos reagindo”, afirmou
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03/06/2015 - 17:50
Editoria

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O governador Beto Richa afirmou nesta quarta-feira (3), que as medidas de ajuste fiscal e corte de despesas já permitem ao Paraná saldar as dívidas com credores e fornecedores e retomar as obras, programas e ações de governo que estavam em ritmo lento em função da crise nacional. O governador deu entrevista à TV Folha, do Grupo Folha de São Paulo.
“Já estamos reagindo com o conjunto de medidas de ajuste fiscal que começamos em dezembro e também no corte de despesas e custeio da máquina pública”, disse Richa. Como exemplo, Richa citou a redução de cinco secretarias e extinção de mil cargos em comissão. A revisão de impostos como o IPVA e o ICMS deram fôlego na retomada dos investimentos. “Até o ano que vem, iremos ampliar os investimentos em infraestrutura para 10% do orçamento”, afirmou. “Ao contrário do que faz o governo federal, que cobra um esforço muito grande da sociedade, dos trabalhadores e dos empresários sem dar o exemplo de fazer seu próprio ajuste, no Paraná fizemos um ajuste com o mínimo de prejuízo ao setor produtivo”, destacou Richa. “Faltou ao governo federal cortar na carne. Há um número altíssimo de ministérios e de cargos comissionados que podem ser eliminados”, afirmou.
VALORIZAÇÃO – Na entrevista, Richa destacou a valorização dos servidores públicos, com aumento de 60% no salário dos professores, um ganho real de 34% em quatro anos. “Sempre valorizamos os servidores. Esse aumento foi a duras penas. Não temos dinheiro sobrando”, disse Richa. “Os recursos públicos que pagam os salários dos servidores são resultado do esforço de todos os paranaenses, que pagam seus impostos”.
Beto Richa ressaltou que, neste momento, o Estado pode oferecer aumento salarial de 12% até janeiro do ano que vem. De acordo com ele, a remuneração média dos professores paranaenses é, hoje, de R$ 4,6 mil, sendo que o piso inicial é de R$ 3,2 mil. “Se exagerar muito, vai faltar dinheiro em outras áreas: para construir escolas e hospitais, revitalizar estradas, contratar mais policiais e professores. É preciso um equilíbrio nos investimentos do Estado”, disse.
“Eu recebi um Estado com R$ 4 bilhões em dívidas. Só de Pasep, o governo anterior deixou de recolher R$ 1 bilhão, que agora estamos pagando. Estamos cumprindo a lei de destinar 2% para o pagamento de precatório, que chega a R$ 50 milhões por mês”, disse. “O Paraná tinha o menor número de policiais per capita. Contratamos novos policiais e também 24 mil professores. Criamos a Defensoria Pública e a Agência de Defesa Agropecuária, que demandam recursos, e investimos em todos os 399 municípios do Estado”, ressaltou.
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