Reunião discute financiamento de projetos de infraestrutura no Estado

O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, se reuniu nesta segunda-feira com representantes do setor produtivo e da Caixa.
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20/02/2017 - 12:30

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O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, se reuniu nesta segunda-feira (20), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, com representantes do setor produtivo e da Caixa Econômica Federal para discutir formas de financiamento para projetos de infraestrutura no Estado.
A Caixa apresentou o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FI-FGTS, criado em 2007 e que tem R$ 7 bilhões para investir em projetos no País. As áreas prioritárias são de energia, saneamento e logística. Ao todo, devem ser financiados 15 projetos de empresas privadas e públicas.
O FI-FGTS vai financiar projetos de companhias, com valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 1 bilhão. A expectativa, como o fundo financia até 40% do valor, é alavancar investimentos de até R$ 15 bilhões no Brasil.
“Trata-se de uma iniciativa importante em um momento em que o País enfrenta uma crise sem precedentes. O Paraná, como fez o dever de casa com o ajuste fiscal, tem sido procurado até por empresas privadas e, hoje, a Caixa vem nos mostrar em mais detalhes o fundo. É um reconhecimento que o Estado tem condições de captar e honrar com suas dívidas”, disse o secretário.
Para Richa Filho, somente com investimentos será possível recuperar a economia do País. “E para isso precisamos de recursos, com mais investimento em estradas, rodovias e ferrovias, no porto e de nossas empresas como Copel, Compagás e Sanepar. E essa disponibilidade de financiamento é importante para que possamos investir em obras, gerar empregos e movimentar a economia”, afirmou.
De acordo com Cassio Viana, superintendente de fundo de investimentos, o Paraná possui grande potencial para atração de projetos na área de infraestrutura de portos, ferrovias, armazenagem e logística, concessões rodoviárias e nos setores de saneamento, pela Sanepar, e energia, pela Copel.
“Além disso, o Estado está entre os que apresentam as melhores condições para atração de investimentos, como solidez, previsibilidade, segurança contratual e transparência”, disse Viana.
O Edital de Chamada Pública do FI-FGTS, lançado em 30 de janeiro, aborda as regras, condições mínimas, restrições, critérios, prazos, documentos, forma de apresentação das informações necessárias e todas as etapas do processo, além dos requisitos mínimos para a habilitação e pré-seleção dos projetos que serão analisados pelo FI-FGTS. O prazo para as empresas públicas e privadas inscreverem seus projetos vai até 24 de março.
ROAD SHOW - Representantes da Caixa vêm realizando um road show para apresentar o funcionamento do fundo. “São recursos adicionais para que novos investimentos sejam feitos e novos empregos gerados e criar um fluxo de desenvolvimento no Estado”, disse o gerente de fundo de investimento, Odilei Rios. Curitiba foi a segunda cidade a receber o road show, que já passou por São Paulo e vai ainda ser apresentado em Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belém.
De acordo com a Caixa, a iniciativa compõe o conjunto de medidas de aprimoramento e aperfeiçoamento para incrementar a aplicação de recursos do Fundo e aumentar a publicidade e transparência dos processos de investimento.
Criado pela lei 11.491 de 26 de junho de 2007, o FI-FGTS é voltado para projetos com prazo de 10 a 15 anos e já financiou mais 50 projetos no País desde a sua criação. Com patrimônio de R$ 33 bilhões, o fundo usa recursos do FGTS, mas não os das contas vinculadas - onde os patrões depositam as parcelas mensais do FGTS. O FI- FGTS já colocou recursos em dois projetos executados no Paraná, nas áreas de ferrovia e logística, envolvendo recursos de R$ 900 milhões.
PRESENÇAS - Também participaram da reunião o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho; o vice-prefeito e secretário de Obras de Curitiba, Eduardo Pimentel; o deputado federal Eduardo Sciarra; o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo; o consultor de seu Conselho Temático de Infraestrutura, João Arthur Mohr; o assessor técnico e econômico da Ocepar, Gilson Martins; o diretor geral do DER, Nelson Leal Júnior; e o diretor de investimentos da Sanepar, João Martinho Reis.

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