O Regimento de Polícia Montada (RPMon), da PM do Paraná, recebeu 14 novas selas para montaria que serão usadas a equoterapia desenvolvida pela unidade, há 25 anos. O material foi doado pelo Centro Diagnóstico Água Verde para ajudar no tratamento de 107 pacientes atendidos atualmente.
O serviço é direcionado a pessoas com deficiência, que podem ter contato com equinos e que necessitam de tratamento constante. As sessões são diárias ou semanais e o tratamento tem duração de dois anos.
As novas 14 selas serão usadas, exclusivamente, para a equoterapia. “Os equipamentos novos são específicos para a atividade e representam um conforto para o paciente, o que aumenta a qualidade do tratamento”, explicou o subcomandante do RPMon, major Elias Ariel De Souza.
As novas celas foram entregues segunda-feira (17), pelos diretores do Centro de Diagnóstico Água Verde, Ricardo Rabello Ferreira e Maria Apparecida Cavalini Ferreira.
“Essa é uma oportunidade de fazer algo por outras pessoas. Pudemos ver como o trabalho é feito pelo Regimento no dia a dia. Os policiais são verdadeiros heróis”, afirmou Ferreira.
Os pais dos pacientes da equoterapia criaram uma organização não governamental para acompanhar e ajudar no projeto. A presidente da ONG, Maró Barreto, disse que a entidade já recebeu a doação de quatro cavalos no começo do ano e mais seis que serão entregues até o final de 2017.
“Quero trabalhar muito para melhorar ainda mais o projeto. Meu filho teve uma evolução muito grande e desejo que outras pessoas tenham acesso a este trabalho”, disse ela.
CINCO MIL PESSOAS – Segundo o major Elias Ariel De Souza, em 25 anos, o projeto de equoterapia já atendeu cerca de cinco mil pacientes. Atualmente, 107 participam do projeto e outras 308 estão na fila de espera.
O major Elias ainda destaca, também, a aproximação da Polícia Militar da população. “Este projeto é feito de coração para as pessoas que precisam e mostra que a PM é muito mais que segurança pública, pois nosso compromisso é com a comunidade”, afirma.
Dois alunos da equoterapia fizeram uma demonstração com o novo material. Um deles é João Victor, acompanhado pela, Lara Rodrigues de Lima, que é vice-presidente da ONG Equoterapia. Segundo Lara, a ONG surgiu como uma forma de os pais se unirem para garantir equipamentos e demais recursos necessários para que seja dada a continuidade do projeto. “A equoterapia faz muita diferença na vida dessas crianças e jovens, que precisam da atividade para o desenvolvimento”, disse ela.
Box - Atividade ajuda em casos síndromes, depressão e estresse
Em 22 de outubro de 2004 o RPMon o Centro de Desenvolvimento e Pesquisas Sargento Josué Cipriano Diniz. Com sede na própria unidade, o centro tinha como objetivo realizar a equoterapia e atender policiais e bombeiros militares e seus dependentes e pessoas da comunidade.
A Equoterapia auxilia no tratamento de pessoas com deficiência por meio de estímulos com os cavalos, o que auxilia na recuperação e desenvolvimento dos pacientes.
Todas as atividades desempenhadas no Regimento seguem as recomendações do Ande-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia) e, além disso, os policiais militares passam por cursos de aperfeiçoamento para prestar um serviço de qualidade. A equipe é formada por fisioterapeutas, técnicos em equoterapia, educadores físicos e equitadores terapêuticos.
A atividade é indicada para várias síndromes e até estresse e depressão. O programa abrange também a recuperação de policiais e bombeiros militares, da ativa ou da reserva, que estejam afastados do serviço por problemas psicológicos.
As sessões são diárias ou semanais e o tratamento tem duração de dois anos, sem custos para o usuário. Todo o trabalho é realizado na sede do RPMon, no bairro Tarumã, em Curitiba.