Apesar da crise econômica e da retração da indústria nos últimos anos, os investimentos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) cresceram. Desde 2011, foram R$ 11,03 bilhões em projetos atraídos pelo programa estadual de incentivos Paraná Competitivo, de acordo com dados da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD). São projetos de ampliação e construção de novas fábricas que geraram 31 mil empregos no período.
Puxados pelo setor automotivo, os projetos se multiplicaram nos últimos anos. Os maiores investimentos foram, nesse período, da Renault, que colocou R$ 2 bilhões no seu complexo em São José dos Pinhais, com a geração de 2 mil empregos. A ampliação da fabricante sueca de caminhões e ônibus Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, absorveu R$ 1,2 bilhão, com a criação de 4,1 mil vagas; e a Nissan investiu mais R$ 1 bilhão também em São José dos Pinhais. A japonesa Sumitomo investiu R$ 894 milhões em Fazenda Rio Grande, com a geração de 1,8 mil empregos.
O setor de mineração é o segundo que mais investiu na RMC, com projetos concentrados em Adrianópolis, no Vale do Ribeira, uma das regiões de mais baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Quatro mineradoras se instalaram na cidade. A Tupi Mineradora investiu R$ 875 milhões em uma mineradora de calcário com geração de 230 empregos. A Golden Mix, por sua vez, construiu uma unidade de R$ 503 milhões e criou 307 empregos. A Companhia Vale do Ribeira aplicou R$ 518 milhões, com a abertura de 240 empregos e o grupo Margem aplicou R$ 340 milhões, com 150 empregos.
Os investimentos foram atraídos não apenas pelos incentivos e a mão de obra qualificada, mas também pela localização estratégica, próxima do Porto de Paranaguá, lembra o presidente da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD), Adalberto Netto. Boa parte das indústrias instaladas no polo automotivo do Paraná tem atuação também no mercado externo.
“Apesar da menor propensão das empresas em investir, com uma queda de 40% na intenção nos últimos anos por conta da crise econômica brasileira, os projetos continuaram”, diz Adalberto Netto. De acordo com a APD, estão em análise R$ 8 bilhões em projetos de pedidos de enquadramento no programa Paraná Competitivo no Paraná. “São projetos em negociação, mas que mostram que a retomada mais forte do investimento vai ocorrer”, diz.
Um exemplo é do da japonesa Sumitomo Rubber, que depois de inaugurar há três anos uma fábrica de pneus para veículos de passeio em Fazenda Rio Grande, anunciou no mês passado o projeto de uma linha de produção de pneus para caminhões. Os investimentos, que serão enquadrados no programa Paraná Competitivo, são estimados em R$ 487 milhões e incluem também a ampliação da atual fábrica de pneus para veículos de passeio. As obras devem começar em 2017.
A Sumitomo precisou de apenas três anos para atingir sua capacidade máxima de produção. A fábrica de pneus para veículos de passeio, inaugurada em 2013, produz 15 mil unidades por dia. Com o novo investimento, a fábrica de Fazenda Rio Grande deverá gerar mais de 160 empregos até o final de 2020.
Inicialmente, o projeto prevê a fabricação de 500 pneus de veículos de carga por dia. Além dos pneus para caminhões, a meta da empresa é passar de 15 mil para 18 mil unidades por dia de pneus de passeio. A fábrica de Fazenda Rio Grande atende, principalmente, o mercado brasileiro, mas parte da produção é enviada para países como Argentina e Chile.
EXPORTAÇÕES – Enquanto o mercado interno ainda patina com a recessão e a queda do consumo, a produção das fábricas de veículos do Estado vem sendo beneficiada pela retomada das exportações. Câmbio mais favorável nos últimos meses, e a abertura do mercado da Argentina, estão estimulando as vendas.
As exportações de veículos de carga (caminhões) mais que dobraram (112%), passando de US$ 69,3 milhões de janeiro a julho do ano passado, para US$ 147,4 milhões no mesmo período de 2016. Embaladas pelas encomendas da Argentina, as exportações de automóveis tiveram alta de 43,6%, de US$ 204,8 milhões para US$ 294 milhões na mesma base de comparação. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na avaliação do economista Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), o Paraná reúne a combinação de mão de obra qualificada com posição geográfica privilegiada – perto do grande centro consumidor de São Paulo e com acesso ao Mercosul – para atrair investimentos do setor.
POLO AUTOMOTIVO - O Paraná é o terceiro maior polo automotivo do País, atrás apenas, em produção, dos de São Paulo e Minas Gerais, mas é considerado o que tem a mão de obra mais competitiva do País.
Um levantamento do Ipardes que levou em conta a proporção entre valor bruto da transformação das empresas e o número de empregados do setor mostra que cada empregado do setor no Paraná gera R$ 305,2 mil por ano, quase o dobro da média brasileira, de R$ 164,5 mil. O setor emprega 44,7 mil pessoas no Paraná. O Estado ficou à frente da Bahia, com R$ 239,7 mil, Goiás (R$ 226,4 mil), Rio de Janeiro (R$ 223 mil) e São Paulo (R$ 158,4 mil). A indústria de veículos é a segunda mais importante do Estado, atrás apenas da de alimentos.
Puxados pelo setor automotivo, os projetos se multiplicaram nos últimos anos. Os maiores investimentos foram, nesse período, da Renault, que colocou R$ 2 bilhões no seu complexo em São José dos Pinhais, com a geração de 2 mil empregos. A ampliação da fabricante sueca de caminhões e ônibus Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, absorveu R$ 1,2 bilhão, com a criação de 4,1 mil vagas; e a Nissan investiu mais R$ 1 bilhão também em São José dos Pinhais. A japonesa Sumitomo investiu R$ 894 milhões em Fazenda Rio Grande, com a geração de 1,8 mil empregos.
O setor de mineração é o segundo que mais investiu na RMC, com projetos concentrados em Adrianópolis, no Vale do Ribeira, uma das regiões de mais baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Quatro mineradoras se instalaram na cidade. A Tupi Mineradora investiu R$ 875 milhões em uma mineradora de calcário com geração de 230 empregos. A Golden Mix, por sua vez, construiu uma unidade de R$ 503 milhões e criou 307 empregos. A Companhia Vale do Ribeira aplicou R$ 518 milhões, com a abertura de 240 empregos e o grupo Margem aplicou R$ 340 milhões, com 150 empregos.
Os investimentos foram atraídos não apenas pelos incentivos e a mão de obra qualificada, mas também pela localização estratégica, próxima do Porto de Paranaguá, lembra o presidente da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD), Adalberto Netto. Boa parte das indústrias instaladas no polo automotivo do Paraná tem atuação também no mercado externo.
“Apesar da menor propensão das empresas em investir, com uma queda de 40% na intenção nos últimos anos por conta da crise econômica brasileira, os projetos continuaram”, diz Adalberto Netto. De acordo com a APD, estão em análise R$ 8 bilhões em projetos de pedidos de enquadramento no programa Paraná Competitivo no Paraná. “São projetos em negociação, mas que mostram que a retomada mais forte do investimento vai ocorrer”, diz.
Um exemplo é do da japonesa Sumitomo Rubber, que depois de inaugurar há três anos uma fábrica de pneus para veículos de passeio em Fazenda Rio Grande, anunciou no mês passado o projeto de uma linha de produção de pneus para caminhões. Os investimentos, que serão enquadrados no programa Paraná Competitivo, são estimados em R$ 487 milhões e incluem também a ampliação da atual fábrica de pneus para veículos de passeio. As obras devem começar em 2017.
A Sumitomo precisou de apenas três anos para atingir sua capacidade máxima de produção. A fábrica de pneus para veículos de passeio, inaugurada em 2013, produz 15 mil unidades por dia. Com o novo investimento, a fábrica de Fazenda Rio Grande deverá gerar mais de 160 empregos até o final de 2020.
Inicialmente, o projeto prevê a fabricação de 500 pneus de veículos de carga por dia. Além dos pneus para caminhões, a meta da empresa é passar de 15 mil para 18 mil unidades por dia de pneus de passeio. A fábrica de Fazenda Rio Grande atende, principalmente, o mercado brasileiro, mas parte da produção é enviada para países como Argentina e Chile.
EXPORTAÇÕES – Enquanto o mercado interno ainda patina com a recessão e a queda do consumo, a produção das fábricas de veículos do Estado vem sendo beneficiada pela retomada das exportações. Câmbio mais favorável nos últimos meses, e a abertura do mercado da Argentina, estão estimulando as vendas.
As exportações de veículos de carga (caminhões) mais que dobraram (112%), passando de US$ 69,3 milhões de janeiro a julho do ano passado, para US$ 147,4 milhões no mesmo período de 2016. Embaladas pelas encomendas da Argentina, as exportações de automóveis tiveram alta de 43,6%, de US$ 204,8 milhões para US$ 294 milhões na mesma base de comparação. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na avaliação do economista Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social), o Paraná reúne a combinação de mão de obra qualificada com posição geográfica privilegiada – perto do grande centro consumidor de São Paulo e com acesso ao Mercosul – para atrair investimentos do setor.
POLO AUTOMOTIVO - O Paraná é o terceiro maior polo automotivo do País, atrás apenas, em produção, dos de São Paulo e Minas Gerais, mas é considerado o que tem a mão de obra mais competitiva do País.
Um levantamento do Ipardes que levou em conta a proporção entre valor bruto da transformação das empresas e o número de empregados do setor mostra que cada empregado do setor no Paraná gera R$ 305,2 mil por ano, quase o dobro da média brasileira, de R$ 164,5 mil. O setor emprega 44,7 mil pessoas no Paraná. O Estado ficou à frente da Bahia, com R$ 239,7 mil, Goiás (R$ 226,4 mil), Rio de Janeiro (R$ 223 mil) e São Paulo (R$ 158,4 mil). A indústria de veículos é a segunda mais importante do Estado, atrás apenas da de alimentos.