O município de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, registrou o maior saldo de geração de vagas no Estado em julho, de acordo com dados do Cagastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Puxado pelo setor industrial, o município teve um saldo – diferença entre admissões e demissões - de 322 vagas. Depois vem Capanema (Sudoeste), com 200 vagas; Alto Paraná (Noroeste), com 154; Palmeira (Campos Gerais), com 104, e Bocaiúva do Sul (RMC), com 103 vagas.
É o segundo mês seguido que um município da RMC lidera a geração de vagas. Até meados do ano, predominaram as cidades do Interior na criação de novos empregos no Estado. Em junho, São José dos Pinhais havia registrado o maior saldo de vagas (359), impulsionadas pelas contratações da indústria de material de transporte e a fabricação de cosméticos.
A mudança se deve, principalmente, à melhora da atividade industrial na RMC, segundo Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho, da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos e responsável pelo levantamento. “Os números já apontam para uma retomada da indústria e uma recuperação, ainda que tímida, da geração de vagas na Grande Curitiba. Isso é importante porque as regiões metropolitanas do País foram, de maneira geral, muito afetadas pela crise, com demissões do comércio e da indústria”, diz.
Com 81,7 mil habitantes, Fazenda Rio Grande se destacou, em julho, na atividade de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica, com 224 postos.
ACUMULADO DO ANO - No acumulado do ano, Fazenda Rio Grande registrou um saldo de 177 vagas, das quais 172 geradas na indústria, com destaque para os segmentos mecânico, têxtil e de produção de alimentos.
Outro município da RMC que teve bom desempenho foi Bocaiúva do Sul, com saldo de 411 vagas nos primeiros sete meses, das quais 284 na indústria, concentrada em atividades como metalúrgica, de alimentos e madeira e mobiliário.
INTERIOR - Entre janeiro a julho, porém, a campeã de vagas foi Capanema, com saldo positivo de 2.719 vagas, efeito principalmente na construção da usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu.
No período, a geração de vagas no Paraná foi bastante concentrada no Interior, puxada principalmente pelo agronegócio. No acumulado de janeiro a julho, a agropecuária (1.281 postos) foi o setor que mais gerou empregos formais no Estado, seguido pela administração pública (632 postos).
Na direção contrária, o comércio foi o setor que mais influenciou negativamente os números de emprego no Paraná, com saldo negativo de 10.938. A indústria de transformação registrou menos 9.703 postos.
Para Suelen, a tendência é que a indústria passe, gradativamente, a melhorar os números de emprego até o fim do ano, favorecendo os números da RMC.
DESACELERAÇÃO - Os números do Caged já mostram uma desaceleração das demissões como um todo no Estado, embora a diferença entre admissões e demissões ainda esteja negativa. Em julho foram 91.075 demissões, volume 4% menor do que em junho (94.504).
Ainda assim, o Paraná fechou com saldo, entre admissões e demissões, negativo em 5.618 no mês. Mas o volume foi menor do que em junho, quando foram pedidas perdidas 7.130 vagas, e do que mesmo período do ano passado (-12.355).
O Estado teve um resultado melhor do que os demais do Sul. Santa Catarina registrou um saldo de -5.819 postos e Rio Grande do Sul de -12.166 postos em julho.
Box
RMC se destaca pela atração de investimentos
A Região Metropolitana de Curitiba se destacou nos últimos anos na atração de investimentos por meio do programa de incentivos Paraná Competitivo. Desde 2011, foram R$ 11,03 bilhões em projetos de ampliação e construção de novas fábricas que geraram 31 mil empregos no período.
Em Fazenda Rio Grande, um dos destaques é o investimento da japonesa Sumitomo Rubber, que depois de inaugurar, há três anos, uma fábrica de pneus para veículos de passeio na cidade, anunciou no mês passado o projeto de uma nova linha de produção, dessa vez, de pneus para caminhões.
Os investimentos são estimados em R$ 487 milhões e incluem, também, a ampliação da atual fábrica de pneus para veículos de passeio. As obras devem começar em 2017. Com o novo investimento, a fábrica de Fazenda Rio Grande deverá gerar mais cerca de 160 empregos até o final de 2020.
É o segundo mês seguido que um município da RMC lidera a geração de vagas. Até meados do ano, predominaram as cidades do Interior na criação de novos empregos no Estado. Em junho, São José dos Pinhais havia registrado o maior saldo de vagas (359), impulsionadas pelas contratações da indústria de material de transporte e a fabricação de cosméticos.
A mudança se deve, principalmente, à melhora da atividade industrial na RMC, segundo Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho, da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos e responsável pelo levantamento. “Os números já apontam para uma retomada da indústria e uma recuperação, ainda que tímida, da geração de vagas na Grande Curitiba. Isso é importante porque as regiões metropolitanas do País foram, de maneira geral, muito afetadas pela crise, com demissões do comércio e da indústria”, diz.
Com 81,7 mil habitantes, Fazenda Rio Grande se destacou, em julho, na atividade de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica, com 224 postos.
ACUMULADO DO ANO - No acumulado do ano, Fazenda Rio Grande registrou um saldo de 177 vagas, das quais 172 geradas na indústria, com destaque para os segmentos mecânico, têxtil e de produção de alimentos.
Outro município da RMC que teve bom desempenho foi Bocaiúva do Sul, com saldo de 411 vagas nos primeiros sete meses, das quais 284 na indústria, concentrada em atividades como metalúrgica, de alimentos e madeira e mobiliário.
INTERIOR - Entre janeiro a julho, porém, a campeã de vagas foi Capanema, com saldo positivo de 2.719 vagas, efeito principalmente na construção da usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu.
No período, a geração de vagas no Paraná foi bastante concentrada no Interior, puxada principalmente pelo agronegócio. No acumulado de janeiro a julho, a agropecuária (1.281 postos) foi o setor que mais gerou empregos formais no Estado, seguido pela administração pública (632 postos).
Na direção contrária, o comércio foi o setor que mais influenciou negativamente os números de emprego no Paraná, com saldo negativo de 10.938. A indústria de transformação registrou menos 9.703 postos.
Para Suelen, a tendência é que a indústria passe, gradativamente, a melhorar os números de emprego até o fim do ano, favorecendo os números da RMC.
DESACELERAÇÃO - Os números do Caged já mostram uma desaceleração das demissões como um todo no Estado, embora a diferença entre admissões e demissões ainda esteja negativa. Em julho foram 91.075 demissões, volume 4% menor do que em junho (94.504).
Ainda assim, o Paraná fechou com saldo, entre admissões e demissões, negativo em 5.618 no mês. Mas o volume foi menor do que em junho, quando foram pedidas perdidas 7.130 vagas, e do que mesmo período do ano passado (-12.355).
O Estado teve um resultado melhor do que os demais do Sul. Santa Catarina registrou um saldo de -5.819 postos e Rio Grande do Sul de -12.166 postos em julho.
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RMC se destaca pela atração de investimentos
A Região Metropolitana de Curitiba se destacou nos últimos anos na atração de investimentos por meio do programa de incentivos Paraná Competitivo. Desde 2011, foram R$ 11,03 bilhões em projetos de ampliação e construção de novas fábricas que geraram 31 mil empregos no período.
Em Fazenda Rio Grande, um dos destaques é o investimento da japonesa Sumitomo Rubber, que depois de inaugurar, há três anos, uma fábrica de pneus para veículos de passeio na cidade, anunciou no mês passado o projeto de uma nova linha de produção, dessa vez, de pneus para caminhões.
Os investimentos são estimados em R$ 487 milhões e incluem, também, a ampliação da atual fábrica de pneus para veículos de passeio. As obras devem começar em 2017. Com o novo investimento, a fábrica de Fazenda Rio Grande deverá gerar mais cerca de 160 empregos até o final de 2020.