Recursos ampliam atendimento em quatro centros hospitalares de Curitiba e região

Serão beneficiados o Hospital do Trabalhador, o Centro de Reabilitação, o Hospital Regional Infantil de Campo Largo e o Centro de Atendimento ao Fissurado Lábio-Palatal (CAIF)
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17/05/2011 - 13:30
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Os recursos devolvidos pela Assembleia Legislativa ao Governo do Paraná vão ampliar e melhorar a capacidade de atendimento e corrigir falhas estruturais de quatro importantes centros hospitalares da capital e região metropolitana. O Hospital do Trabalhador, o Centro de Reabilitação, o Hospital Regional Infantil de Campo Largo e o Centro de Atendimento ao Fissurado Lábio-Palatal (CAIF).
O Hospital do Trabalhador é o maior pronto socorro do Estado e responsável por mais de metade dos atendimentos de traumas da capital e região metropolitana. Faz 1.500 cirurgias por mês e em 2010 fez 210 mil atendimentos. A unidade deve receber R$ 721.000,00. Com isso, será ampliada em pelo menos 40% a central de material e o hospital poderá adquirir equipamentos como autoclave (para esterilização de materiais), desinfectadora, seladora, lavadora térmica, um equipamento de ar condicionado (para atender ao novo complexo de materiais), e um arco cirúrgico — tipo de raio-x especializado para uso durante cirurgias ortopédicas.
“Vamos ganhar muito mais agilidade no processo de esterilização de materiais, para termos uma performance cirúrgica melhor, inclusive ampliando o atendimento”, disse o diretor geral da unidade, o ginecologista e obstetra Geci Labres de Souza Junior. “É muito importante essa ousadia administrativa, que mostra um perfil de gestão moderno e inteligente, que entende a necessidade da população e destina o recurso não previsto para obter um avanço na ampliação e melhoria de serviços de saúde”, afirmou o médico.
REABILITAÇÃO — Outra unidade beneficiada com os recursos devolvidos pela Assembleia Legislativa é o Hospital de Reabilitação de Curitiba. Inaugurado em 2008, para atuar como referência no tratamento especializado em reabilitação motora, o local funciona apenas como ambulatório e necessita de um investimento de R$ 5 milhões para conclusão da obra, de acordo com um diagnóstico da situação administrativa do Estado divulgado em abril. Há vários problemas na estrutura física: o sistema de ar condicionado foi instalado parcial e precariamente, não existe área de estacionamento, nem área de morgue e a área de esterilização é muito pequena. Devido às falhas, a unidade nunca colocou em funcionamento todos os 64 leitos disponíveis em duas alas.
Agora, esse hospital irá receber R$ 2,9 milhões, que serão usados para readequar o sistema de ar condicionado e para a compra de um tomógrafo computadorizado — aparelho para exames de órgãos internos por meio de imagens. “Hoje é inadmissível que um hospital não possua um tomógrafo. É uma ferramenta essencial no arsenal necessário para oferecer bons tratamentos”, afirma o ortopedista Cadri Massuda, diretor do hospital.
O médico explica ainda que a falta do sistema de ar condicionado, principalmente nos períodos mais frios do ano, tem dificultado o atendimento e o tratamento adequado dos pacientes, que não conseguem relaxar a musculatura do corpo para as terapias, por causa do frio. “E no calor não conseguimos usar o ginásio, que é coberto por uma estrutura de alumínio”, conta Massuda.
PEDIATRIA — A destinação dos recursos da Assembleia Legislativa também vai dobrar a capacidade do Hospital Regional Infantil Waldemar Monastier, de Campo Largo, que hoje faz 1.000 consultas ambulatoriais e 300 internações hospitalares por mês de pacientes de todo o Paraná. O hospital vai receber R$ 1,1 milhão para compra de monitores, ventiladores e incubadoras.
“Vamos dobrar a capacidade de atendimento nas UTIs neonatal, de pediatria e de cuidados intermediários, colocando em funcionamento 30 leitos, que até hoje não funcionavam por falta de equipamentos como os monitores, porque temos médicos, equipe e o espaço adequado”, explica o pediatra e psiquiatra Luiz Renato Ribeiro de Azevedo, diretor geral da unidade. “No caso das nossas UTIs, em especial, são áreas bastante delicadas da assistência à saúde, porque atendem pacientes graves e hoje ”, afirma. “Posso dizer com segurança que é um dinheiro muito bem aplicado. É uma economia que vai suprir uma das prioridades de governo e uma das áreas mais nobres do serviço público, que é a saúde.”