O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná registrou recuo de 3,1% do terceiro trimestre de 2016 na comparação com igual período do ano passado, pressionado pela queda da atividade na indústria e na agropecuária, com a quebra da safra de grãos.
No acumulado de janeiro a setembro, a economia paranaense encolheu 3% em relação ao mesmo período de 2015, ainda assim abaixo da registrada pelo Brasil, que retraiu 4% nos primeiros nove meses do ano.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB do Paraná caiu 3,5%, contra 4,4% do Brasil. O Ipardes não calcula a variação do PIB em relação ao trimestre imediatamente anterior com ajuste sazonal. Nessa comparação, o IBGE divulgou um recuo de 0,8% no Brasil.
CONTÍNUA - Há sete trimestres seguidos a economia brasileira retrai continuamente, na recessão mais longa da história do País. “Houve um arrefecimento do otimismo nos últimos dois meses e os números mostram que a recessão pode ser mais longa do que se esperava”, diz o presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.
A demora na retomada dos investimentos, o endividamento das famílias, o crédito caro e a interrupção de evolução da massa salarial, com o desemprego em alta, contribuem para adiar a retomada.
“As famílias ainda estão com dívidas e adiam as compras, o que afeta negativamente o setor de serviços. Por outro lado, o governo federal não possui condições fiscais de construir uma política de incentivo ao consumo como no passado. Trata-se de um círculo vicioso para a economia”, diz.
INDÚSTRIA E AGROPECUÁRIA - No Paraná, a agropecuária e a indústria recuaram 3,9% no terceiro trimestre, na comparação com julho a setembro de 2015. Os serviços, por sua vez, tiveram queda de 2,7% na mesma base de comparação.
Os números da agropecuária paranaense sofreram o impacto da quebra da safra de grãos, que deve ser 7% menor do que a do ano passado, somando 35,2 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O excesso de chuvas e as geadas prejudicaram a safra de soja e a segunda safra de milho, principalmente.
No acumulado do ano, a agropecuária registra queda de 2,6%, a indústria, de 5,5%, e os serviços de 2,2%. No resultado dos quatro trimestres, a agropecuária registra queda de 2,3%, indústria 6,8% e serviços 2,4%.
Apesar dos números negativos, o economista ressalta que a indústria, setor mais afetado pela crise, indica uma interrupção do processo de piora dos números. A indústria da transformação tombou com a redução da atividade do setor automotivo, do setor de máquinas e equipamentos e de alimentos, esse último afetado pela quebra da safra. “A queda da indústria vem diminuindo nos últimos meses, o que pode indicar que ela parou de piorar”, diz.
PRÓXIMO ANO - O presidente do Ipardes ressalta, no entanto, que dois setores podem trazer algum alívio para 2017, especialmente para a economia do Paraná. A previsão de uma boa safra agrícola e as exportações, beneficiadas pelo câmbio, devem contribuir para amenizar os efeitos da recessão. “Há uma expectativa de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, depois das eleições, o que deve causar valorização do dólar e beneficiar os exportadores”, diz.
No acumulado de janeiro a setembro, a economia paranaense encolheu 3% em relação ao mesmo período de 2015, ainda assim abaixo da registrada pelo Brasil, que retraiu 4% nos primeiros nove meses do ano.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB do Paraná caiu 3,5%, contra 4,4% do Brasil. O Ipardes não calcula a variação do PIB em relação ao trimestre imediatamente anterior com ajuste sazonal. Nessa comparação, o IBGE divulgou um recuo de 0,8% no Brasil.
CONTÍNUA - Há sete trimestres seguidos a economia brasileira retrai continuamente, na recessão mais longa da história do País. “Houve um arrefecimento do otimismo nos últimos dois meses e os números mostram que a recessão pode ser mais longa do que se esperava”, diz o presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior.
A demora na retomada dos investimentos, o endividamento das famílias, o crédito caro e a interrupção de evolução da massa salarial, com o desemprego em alta, contribuem para adiar a retomada.
“As famílias ainda estão com dívidas e adiam as compras, o que afeta negativamente o setor de serviços. Por outro lado, o governo federal não possui condições fiscais de construir uma política de incentivo ao consumo como no passado. Trata-se de um círculo vicioso para a economia”, diz.
INDÚSTRIA E AGROPECUÁRIA - No Paraná, a agropecuária e a indústria recuaram 3,9% no terceiro trimestre, na comparação com julho a setembro de 2015. Os serviços, por sua vez, tiveram queda de 2,7% na mesma base de comparação.
Os números da agropecuária paranaense sofreram o impacto da quebra da safra de grãos, que deve ser 7% menor do que a do ano passado, somando 35,2 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O excesso de chuvas e as geadas prejudicaram a safra de soja e a segunda safra de milho, principalmente.
No acumulado do ano, a agropecuária registra queda de 2,6%, a indústria, de 5,5%, e os serviços de 2,2%. No resultado dos quatro trimestres, a agropecuária registra queda de 2,3%, indústria 6,8% e serviços 2,4%.
Apesar dos números negativos, o economista ressalta que a indústria, setor mais afetado pela crise, indica uma interrupção do processo de piora dos números. A indústria da transformação tombou com a redução da atividade do setor automotivo, do setor de máquinas e equipamentos e de alimentos, esse último afetado pela quebra da safra. “A queda da indústria vem diminuindo nos últimos meses, o que pode indicar que ela parou de piorar”, diz.
PRÓXIMO ANO - O presidente do Ipardes ressalta, no entanto, que dois setores podem trazer algum alívio para 2017, especialmente para a economia do Paraná. A previsão de uma boa safra agrícola e as exportações, beneficiadas pelo câmbio, devem contribuir para amenizar os efeitos da recessão. “Há uma expectativa de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, depois das eleições, o que deve causar valorização do dólar e beneficiar os exportadores”, diz.