Realidade virtual aumenta segurança em trabalhos de risco

A Copel fez nesta quinta-feira (08) uma demonstração de seu programa de treinamento virtual para eletricistas, que alia a tecnologia de realidade virtual a teorias de aprendizagem, além de técnicas de desafio inspiradas no mundo dos games.

 

 

 
Publicação
08/03/2018 - 15:50
Editoria

Confira o áudio desta notícia

A Copel fez nesta quinta-feira (8), em seu polo operacional no bairro Mossunguê, a demonstração de um programa de realidade virtual voltado ao trabalho de eletricistas em situações de risco. Fruto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento pela Copel em parceria com os Institutos Lactec e com a UFPR, o programa alia a tecnologia de realidade virtual a teorias de aprendizagem, além de técnicas de desafio inspiradas no mundo dos games.

Dezenas de empregados da Copel puderam simular o trabalho em meio às redes energizadas de uma subestação de energia. Previsto para ser concluído em 2019, o programa permitirá simular o trabalho em situações críticas, condicionando as ações do eletricista em procedimentos de rotina e também provocando sua atenção com situações inesperadas.

“Nosso objetivo é melhorar o processo de treinamento, usando métodos avançados de aprendizado para estimular a atenção aos detalhes e a situações que podem gerar acidentes”, explica Klaus de Geus, coordenador geral do projeto e do OneReal Research Group, equipe que reúne profissionais e pesquisadores de diferentes áreas da Copel, Lactec e UFPR.

Segundo Klaus, o treinamento em ambiente virtual não virá para substituir a preparação tradicional, mas para complementá-la. “No ambiente simulado é possível verificar pontos do treinamento que precisam ser reforçados em campo, tornando-o ainda mais eficaz”.

INTERDISCIPLINAR – Formada em Pedagogia, Leticia Mancia integra o projeto desde o fim de sua graduação. Ela explica que as teorias de aprendizagem há tempos são usadas em treinamentos, mas sua aplicação em programas de realidade virtual ainda é rara. “Além da inovação, um grande mérito desse projeto é o de ser interdisciplinar, com profissionais de várias áreas unindo conhecimentos para evitar o risco de acidentes”.

Um dos empregados que experimentou o programa foi o engenheiro eletricista João Flávio de Moraes. Por 12 anos ele trabalhou como técnico de segurança em subestações, onde presenciou muitos acidentes que atribui à falta de atenção e à autoconfiança. “A realidade virtual tem um potencial excepcional, já que oferece a possibilidade de voltar ao ambiente de trabalho a qualquer momento, treinando procedimentos e vendo como ocorrem os acidentes, hábito que certamente ajudará a criar uma cultura de segurança entre os empregados”.

GALERIA DE IMAGENS