Reajuste do funcionalismo
e retomada de investimentos
terão impacto no PIB

Projeção do Ipardes aponta que, juntas, essas medidas terão um impacto positivo de 1,3% sobre o PIB estadual e de 1,7% na geração de empregos (formais e informais) nesse ano
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13/01/2016 - 10:40
Editoria

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O reajuste de salário do funcionalismo e os investimentos públicos vão reduzir o impacto da crise na economia do Paraná em 2016. Uma projeção do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social) aponta que, juntas, essas medidas terão um impacto positivo de 1,3% sobre o PIB (Produto Interno Bruto) estadual e de 1,7% na geração de empregos (formais e informais) nesse ano.
“Significa, na prática, que essas medidas vão minimizar os efeitos da crise. Com a economia brasileira em recessão, o reajuste do funcionalismo e a retomada dos investimentos devem fazer com que o Paraná tenha resultados melhores do que o do Brasil”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor- presidente do Ipardes. O Estado é hoje a quarta maior economia do País e representa 6,3% do PIB brasileiro.
“Em tese, se todas as demais áreas da economia do Paraná não tivessem crescimento, o aumento dos servidores e os investimentos já garantiriam um aumento de 1,3% no PIB do Estado. É claro que vários outros fatores vão determinar o desempenho da economia paranaense em 2016, mas elas têm um efeito muito positivo”, exemplifica.
O cálculo do Ipardes toma como base dois fatores. O primeiro é o reajuste de 10,67% do salário dos servidores do Estado, que entrou em vigor em janeiro e que vai significar R$ 151 milhões por mês a mais em circulação na economia paranaense. O segundo é o impacto dos investimentos públicos sobre a construção civil, setor que tem um efeito multiplicador sobre o PIB. A projeção desconsiderou investimentos com recursos do Paraná, mas que serão aplicados em outros Estados, como os projetos da Copel em outras regiões do País.
Suzuki Júnior ressalta que o Paraná, graças ao ajuste fiscal, é o único Estado que tem condições de executar um programa de investimentos do porte que começa a ser implantado. “Os investimentos têm efeito direto e indireto para a economia e geração de empregos. O operário que vai trabalhar na duplicação da rodovia também vai ajudar a aumentar o movimento do restaurante da região, beneficiando também o comércio e os serviços.”, exemplifica Suzuki Júnior.
INVESTIMENTOS - De acordo com o orçamento estadual, o Paraná programa investimentos, para 2016, de R$ 6,8 bilhões, além de mais R$ 1,073 bilhão que serão aplicados pela Copel (Companhia Paranaense de Energia) em Sociedades de Propósito Específico (SPE).
Dos R$ 6,8 bilhões, R$ 3,479 bilhões irão para diversas áreas, da educação, saúde ao meio ambiente e segurança. Serão investidos R$ 1 bilhão em infraestrutura, como ampliação, duplicação, pavimentação e construção de contornos de rodovias.
Outros R$ 3,145 bilhões irão para estatais, principalmente a Copel, a Sanepar e o Porto de Paranaguá. São recursos aplicados em obras de geração e transmissão de energia, telecomunicações, ampliação de esgotamento sanitário, de abastecimento de água. No porto de Paranaguá, os focos são reforma de berço e remodelagem de cais.
O Ipardes também calculou o impacto das medidas sobre a massa salarial no Paraná, que pode ter incremento de 1,7% em 2016. A massa de rendimentos do trabalho no Estado está estimada em R$ 11 bilhões por mês, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE. A mesma pesquisa mostra que há 5,4 milhões de pessoas ocupadas no Paraná (entre formais e informais), com idade mínima de 14 anos.
Com o reajuste de 10,67% na folha de pagamento de janeiro, a média linear de reajuste ao funcionalismo paranaense, em cinco anos, chega a 84,9%. O que resulta em um aumento real, já descontada a inflação medida pelo IPCA no período (40,61%), de 31,5% para os servidores.
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