Queda nas vendas do
comércio paranaense
é menor que a nacional

Volume de vendas no estado caiu 4,2% em setembro de 2015 no confronto com o mesmo mês de 2014, ante recuo de 6,2% na média nacional, segundo o IBGE
Publicação
12/11/2015 - 15:50
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O volume de vendas dos estabelecimentos comerciais de varejo paranaense na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), no Estado, caiu 4,2% em setembro de 2015 no confronto com o mesmo mês de 2014, ante recuo de 6,2% na média nacional, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de móveis (-25,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-19,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-13,1), tecidos, vestuário e calçados (-12,2%) e eletrodomésticos (-10,8%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2015, o comércio varejista paranaense recuou -1,2% ante decréscimo de 3,3% na média nacional. As principais contribuições negativas vieram dos ramos de móveis (-15,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-12,1%), tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e eletrodomésticos (-7,1%).
No indicador acumulado em doze meses, encerrados em setembro de 2015, as vendas do comércio regional recuaram 0,4% versus queda de 2,1% na média nacional. Os ramos que mais influenciaram negativamente nas vendas foram livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%), móveis (-11,6%), tecidos, vestuário e calçados (-7,2%) e eletrodomésticos (-5,5%).
Na definição ampliada (que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção), caiu 9,8% no mês de setembro, recuou 7,4% no acumulado dos primeiros nove meses de 2015 e declinou 6% no acumulado em doze meses (terminados em setembro). No Brasil, o volume de vendas comercial mostrou variação negativa de 11,5% no mês, redução de 7,4% no acumulado do ano e recuo de 6% em doze meses.
Segundo Francisco José Gouveia de Castro, diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), os resultados do comércio varejista paranaense, em setembro de 2015, refletem as condições macroeconômicas nacional, com reflexo na esfera estadual. A escalada da inflação, juntamente com o aumento da taxa de juros, a desvalorização do Real frente ao Dólar e as expectativas negativas quanto ao futuro da economia, têm comprometido o poder de compra das famílias, diz ele.
“De fato, o ambiente desfavorável ao setor varejista reforça o enfraquecimento do mercado de trabalho, já que o comércio é o maior empregador da economia, inibindo a compra de produtos, ocorrendo uma espécie de círculo vicioso”.
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