Representantes da Defesa Civil e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apresentaram nesta quarta-feira (29), em Curitiba, o Programa de Prevenção e Combate a Incêndios na Natureza - Previna. O objetivo é integrar os órgãos governamentais e a sociedade civil organizada para promover medidas de prevenção a todas as Unidades de Conservação Estaduais, padronizando procedimentos de resposta rápida e eficiente na prevenção e combate a incêndios.
O Decreto nº 10859/2018, que cria o programa, foi publicado na sexta-feira (24). De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recurso Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, as políticas públicas voltadas à preservação do meio ambiente são indispensáveis, mas de nada adiantam se não houver uma mudança de comportamento dos cidadãos em relação à conservação da natureza.
“No caso dos incêndios florestais e não é diferente. A educação ambiental e a prevenção custam muito menos do que o combate e trazem resultados muito melhores”, acrescentou Bonetti.
O decreto estabelece a criação de uma rede de atendimento para aumentar a segurança e a participação da população na prevenção de incêndios e conservação do meio ambiente.
O presidente do IAP, Paulino Mexia, explica que muitas vezes os incêndios acabam ocorrendo em locais de difícil acesso e com pouca comunicação, por falta de sinal de celular, por exemplo. “Por isso, estabelecer um procedimento padrão, uma rotina de comunicação com o Corpo de Bombeiros e envolver pessoas devidamente capacitadas no combate são iniciativas que auxiliam a minimizar as consequências ambientais desses incêndios”, disse.
Algumas medidas para prevenir incêndios e queimadas são a criação de faixas sem vegetação (aceiros), a retirada de ramos (desrama) e a frequente limpeza do mato. A elaboração de um plano preventivo também é essencial para facilitar a extinção do fogo e diminuir os danos.
“O Previna é mais um exemplo da responsabilidade e compromisso das diversas instituições e atores na busca por um ambiente melhor para se viver”, destaca o chefe da Casa Militar e coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Mauricio Tortato. “Com o decreto e a materialização do programa, a iniciativa fica menos susceptível às mudanças de cargos dentro dos órgãos técnicos, configurando em um legado para a sociedade paranaense”.
Além do trabalho para atendimento das ocorrências existem protocolos de segurança a serem adotados. Por isso, policiais militares, servidores do IAP e voluntários serão capacitados e orientados para atuar na prevenção dos incêndios”, disse o coordenador Executivo de Proteção e Defesa Civil, major Antonio Geraldo Hiller Lino.
O Previna é uma ação integrada da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual, Sanepar e a Polícia Militar Ambiental. Entre as entidades da sociedade civil organizada estão a Federação Paranaense de Motanhismo (Fepam), a Ong Caiguava e associações de moradores.
CONVÊNIO – Durante a apresentação do programa, o IAP e a Federação Paranaense de Montanhismo firmaram Termo de Cooperação Técnica para o trabalho voluntário em diversas Unidades de Conservação estaduais. Na prática, os voluntários poderão atuar nos parques estaduais para atendimento aos montanhistas e auxílio à brigada de combate e prevenção a incêndios florestais.
Estima-se que a parceria garantirá a participação de aproximadamente 150 voluntários, ainda em 2018, nas Unidades de Conservação Estaduais. Eles também vão atuar na conservação de trilhas, além da implementação, controle e ordenamento das práticas esportivas cooperativas de excursionismo em ambientes de montanha, escalada e turismo de aventura.
O presidente da Fepam, Leandro da Silva, destacou que a entidade sempre teve uma boa relação com o IAP, desenvoldo um trabalho voluntário na área de brigada de combate a incêndios florestais, em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, assim como parte de manejo de trilhas nos parques estaduais.
“Faltava oficializar essa parceria com o órgão ambiental responsável pela gestão das unidades de conservação, onde estão situados os morros, local onde praticamos nosso esporte, onde seremos de grande valia em uma eventual ocorrência”, disse Leandro.
De acordo com o termo, somente poderão ser voluntários nas Unidades de Conservação aqueles que tiverem vínculo formal com a federação.