O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, George Hiraiwa, assinou nesta terça-feira (05) convênios do Programa de Gestão do Solo e Água em Microbacias com os prefeitos de Cambará, José Salim Haggi Neto; e de Loanda, Sargento Santos.
A iniciativa funciona com apoio dos municípios, financiamento do Banco Mundial (Bird) e tem o objetivo de estimular práticas conservacionistas na agricultura paranaense.
Desde o início do programa em 2014, já foram firmados 222 convênios em 22 mil propriedades. A expectativa é que esse número chegue a 297 até o fim de 2018, atendendo a 30 mil famílias. “Iniciativas como essa colaboram na preservação do maior patrimônio dos nossos produtores, que são as suas terras e suas nascentes. Temos que fazer uma agricultura sustentável em todos os sentidos no Estado do Paraná”, disse o secretário.
Entre 2014 e 2017, o investimento do programa atingiu R$ 26,7 milhões, e mais R$ 7,5 milhões estão em processo de análise para este ano.
CAMBARÁ - No norte do Paraná, o município assinou dois convênios no valor de R$ 210 mil cada, destinados às microbacias Água das Antas I e II. Para o prefeito José Salim Haggi Neto, a parceria garante vários benefícios. “Isso vai gerar melhorias no fluxo das estradas rurais e possibilitar a compra de equipamentos pelos produtores”, afirmou. Milho, soja e cana-de-açúcar são o carro-chefe da produção agrícola do município.
LOANDA - O convênio entre o Estado e o município, localizado na região noroeste, é de R$ 209.753, para beneficiar a comunidade rural de Atibainha. “O solo dessa região é frágil, e o convênio é de grande importância para evitar erosões”, disse o prefeito Sargento Santos. A pecuária e a produção de mandioca estão entre os negócios de maior relevância para a economia local. Cerca de 30 agricultores serão beneficiados pelo Programa.
HISTÓRICO -A inclusão desses municípios entre os beneficiários atende à recomendação do Banco Mundial de intensificar no Paraná as ações do Programa até 30 de junho deste ano. O programa de Microbacias é executado pela Secretaria da Agricultura, Emater e ÁguasParaná e incentiva a modernização do planejamento e da gestão ambiental para a correta utilização dos recursos naturais.
As ações incluem a conservação de solos com terraceamento, construção de abastecedores comunitários para pulverizadores, proteção de fontes de água e de Áreas de Proteção Permanente, manejo de dejetos animais, melhorias de sistemas de abastecimento, instalação de fossas sépticas ecológicas, adequação de estradas e carreadores e aquisição de maquinários.
Através do Águas Paraná, também já foram perfurados 171 poços artesianos no sistema de captação, armazenamento e distribuição de água nessas comunidades.
MICROBACIAS - O Paraná foi dividido em microbacias, segundo a metodologia da Ottocodificação e com base na Hidrografia Paranaense. A microbacia pode ser definida como uma área geográfica drenada por um curso de água e limitada pelos divisores topográficos.
Para a condução do Programa, foi estabelecido que a microbacia deve conter de 60 a 100 produtores rurais, número considerado adequado para ser trabalhado em processos de extensão rural, assistência técnica e educação ambiental. O número de produtores corresponde a uma área entre 3 a 7 mil hectares.