Programa Mãe Paranaense será carro-chefe para redução da mortalidade materno-infantil

Durante reunião do Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna, o secretário Michele Caputo Neto anunciou que o programa será implantado no segundo semestre.
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17/03/2011 - 16:30
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A Secretaria de Saúde lança, no segundo semestre, o programa Mãe Paranaense, que será o carro-chefe das ações para redução da mortalidade materno-infantil no Estado. O anúncio foi feito pelo secretário Michele Caputo Neto, na primeira reunião do Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna em 2011.
O Paraná vem reduzindo os índices de mortalidade materna numa média anual de 3%. Hoje, o Estado tem um índice de 48 mortes por 100 mil nascidos vivos (dados de 2009). “Os números podem e devem ser melhorados. Não podemos continuar a aceitar que mortes evitáveis continuem acontecendo”, disse o secretário.
A Secretaria de Saúde, afirmou Caputo, investirá na capacitação das equipes da Sesa e dos municípios, atendendo as 22 regionais para atuar no atendimento às gestantes, integrando a atenção primária ao atendimento hospitalar. “Temos que priorizar o que de fato precisa ser priorizado. Vamos trabalhar em redes e a rede materno-infantil é uma das prioridades deste governo”, disse o secretário.
A coordenadora do Comitê, Eliana Carzino, disse que “o objetivo da reunião era exatamente apresentar aos gestores estaduais uma análise retrospectiva de 20 anos de vigilância da mortalidade materna e apontar falhas no sistema público”. O comitê paranaense trabalha para reduzir os índices de mortalidade materna a fim de atingir, até 2015, a meta estabelecida nos Ojetivos de Desenvolvimento do Milênio, que é de 22,6 mortes por 100 mil nascidos vivos.
Segundo levantamento do comitê, dos 150 mil partos realizados anualmente no Paraná apenas 2% têm complicações. “É nesse pequeno percentual que devemos concentrar nossas atenções. Se qualificarmos os hospitais para o atendimento adequado das gestações de risco e se a atenção básica realizar adequadamente o pré-natal de cada gestante, com certeza reduziremos o índice de mortalidade a níveis aceitáveis, e se cuidarmos das mães, com certeza também reduziremos os índices da mortalidade infantil”, analisa Eliana.
Também participaram do encontro o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz e da coordenadora da Divisão de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, Rogéria Fadel Ribas.
Objetivos do Milênio – Em setembro de 2000, em Nova Iorque, líderes de 189 países firmaram um pacto durante a Cúpula do Milênio, promovida pela Organização das Nações Unidas. Desse acordo nasceu a Declaração do Milênio, que estabeleceu como prioridade eliminar a extrema pobreza e a fome no planeta até 2015. Para tanto, foram definidos oito objetivos, os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), a serem alcançados por meio de ações específicas de combate à fome e à pobreza, associadas à implementação de políticas de saúde, saneamento, meio ambiente, educação, habitação e de promoção da igualdade de gênero e o pacto para o desenvolvimento. Melhorar a saúde da gestante e reduzir em 75% a mortalidade materna é a quinta meta dos objetivos do milênio.

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