Técnicos e gestores da rede socioassistencial de 85 municípios participaram do encontro para avaliar o modelo de acompanhamento familiar do programa Família Paranaense, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, em Foz do Iguaçu. O evento reuniu cerca de 250 pessoas no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC), dias 22 e 23 de maio.
Representantes dos municípios das regionais de Foz, Cascavel, Francisco Beltrão, Laranjeiras e Toledo debateram a criação e fortalecimento de vínculos familiares, com uso de contos ou fábulas. O acompanhamento familiar é um dos diferenciais do Família Paranaense, a principal estratégia de combate à pobreza do Paraná.
De acordo com a coordenadora do programa, Letícia Reis, é fundamental avaliar as ações já realizadas. “Para continuarmos avançando, é preciso fazer um diagnóstico preciso do que já mudou e do que ainda precisa melhorar”, explica Letícia.
Para a chefe do escritório regional de Foz do Iguaçu, Herinne Silva, reunir diversas experiências enriquece o trabalho dos servidores. “Isso vai refletir lá na ponta, melhorando a forma como as famílias em situação de vulnerabilidade vão ser acompanhadas e atendidas”.
TEMA – Este foi o terceiro, de cinco encontros macrorregionais sobre o modelo de acompanhamento familiar. Em cada reunião é apresentada uma palestra e, desta vez, o tema foi “Contos como recurso na criação de vínculo com as famílias atendidas”, pela pedagoga e contadora de histórias Gislayne Matos.
Como um dos objetivos do acompanhamento familiar é contribuir para o desenvolvimento de um espaço para a reflexão sobre empoderamento, esperança e autonomia, a palestra trouxe as principais maneiras de identificar as possibilidades de reflexão presentes em um conto.
As histórias permitem dialogar com a família, sobre problemas e expectativas, respeitando seu contexto, sistema cognitivo e repertório de vida. O recurso lúdico deixa mais fácil a abordagem de temas difíceis, como violação de direitos.
PARTICIPAÇÃO – Segundo a secretária de Assistência Social de São Miguel do Iguaçu, Serli dos Reis Dutra, o sucesso do modelo em outras cidades influencia a forma de trabalho dos técnicos. “A gente vê os resultados acontecendo nos outros municípios e consegue trazer para a nossa cidade as experiências que deram certo”, conta a secretária.
ACOMPANHAMENTO - O modelo de acompanhamento familiar do Família Paranaense é composto por quatro etapas, com objetivos e conteúdo definidos para cada uma. Essas etapas contam com, aproximadamente, 14 encontros ao longo de 24 meses. Nesse período, as famílias são acompanhas por um técnico, que irá propor dinâmicas para a superação de dificuldades e da situação de vulnerabilidade.
Dos cinco encontros macrorregionais previstos sobre o modelo de acompanhamento familiar, Londrina e Maringá já acolheram o encontro. A cidade seguinte a receber a macrorregional será Curitiba, em duas reuniões previstas para 12 e 13 e junho e o 14 e 15 do mesmo mês.