Profissionais do resgate participam de competição nacional em Curitiba

A competição reúne equipes de resgate de todo o país em simulações de atendimentos pré-hospitalares. Os dois primeiros colocados representarão o Brasil em evento mundial na Romênia
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21/07/2017 - 15:30
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A Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Associação Brasileira de Resgate e Salvamento (Abres), promove até este sábado (22), em Curitiba, o II Desafio Nacional de Trauma. A competição reúne equipes de resgate de todo o país em simulações de atendimentos pré-hospitalares. Os dois primeiros colocados irão representar o Brasil no Desafio Mundial de Resgate 2017, que acontecerá em setembro na Romênia.

As 20 equipes participantes são avaliadas durante atendimentos em cenários que representam diversos tipos de situação, como agressão com arma branca, atropelamento, quedas em altura, colisões de motocicletas e automóveis. Além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e Corpo de Bombeiros do Paraná, também participam concessionárias de rodovias e empresas privadas da área de seis estados brasileiros.

Segundo o diretor médico do Siate e presidente da Abres, Edison Teixeira, o evento é um impulso importante para a qualificação profissional dos participantes. “O Desafio é uma rica troca de experiências e uma maneira de incentivar os profissionais a aperfeiçoarem suas técnicas, participarem de treinamentos e tudo o que possa ser necessário para qualificar ainda mais o serviço oferecido à população”, diz.

Para o diretor da Rede Paraná Urgência, Vinícius Filipak, um sistema de emergência não pode depender apenas de bons equipamentos e leitos hospitalares. “O elemento mais importante de todos é o humano”, afirma. Segundo ele, é o profissional que faz o atendimento do paciente a partir do local do trauma para que ele tenha o suporte de vida necessário até chegar a um hospital com recursos de mais alta complexidade, como centros cirúrgicos e terapia intensiva. “Isso justifica a relevância de uma competição como essa”, acrescenta.

ESTADO – O Paraná participa com oito equipes. O médico do Samu Noroeste, Marcos Bittencourt, está no Desafio pela primeira vez. “Aprender aqui é muito mais interessante porque somos avaliados e porque temos o estresse de ser uma competição. E após a participação devemos nos tornar multiplicadores e repassar aos colegas de trabalho todas as técnicas que aprendemos”.

Nos últimos sete anos, a mortalidade por acidentes de trânsito caiu 20% no Paraná. Também houve uma queda de 28% das mortes a caminho do hospital. De acordo com Filipak, esses números estão diretamente ligados ao preparo das equipes de resgate. “Estamos reduzindo cada vez mais o impacto desse tipo de acidente. Isso não é suficiente, é necessário reduzir o número de acidentes. Entretanto, quem se acidenta hoje tem chances muito maiores de passar por isso e retornar à sua vida normalmente”, destaca.

DESAFIO – O Desafio é o maior evento de atendimento simulado no país e está em sua segunda edição. A primeira aconteceu no ano passado e selecionou mais de 100 profissionais do Paraná para o Desafio Mundial de Resgate 2016. A competição a nível mundial ocorreu em Curitiba no mês de outubro e reuniu cerca de 800 profissionais que trabalham com resgate e salvamento em 17 países.

O evento continua neste sábado (22) na Escola de Saúde Pública do Paraná (Rua Dr. Dante Romano, 120. Tarumã – Curitiba/PR).

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