Profissionais de urgência
discutem fluxo de atendimento
a ocorrências com óbito

O seminário foi promovido para rever encaminhamentos para gerenciar casos de morte do paciente antes mesmo de chegar o socorro ou durante o transporte em ambulâncias do Samu, Siate ou em veículos dos municípios
Publicação
13/09/2016 - 17:40
Editoria

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A Secretaria Estadual da Saúde reuniu nesta terça-feira (13), em Curitiba, profissionais ligados ao atendimento de urgência e emergência da Região Metropolitana de Curitiba para discutir o fluxo de atendimento a ocorrências com óbitos.
“A iniciativa do seminário surgiu da necessidade de rever os encaminhamentos necessários para gerenciar um caso de morte do paciente antes mesmo de chegar o socorro ou durante o transporte em ambulâncias do Samu, Siate ou em veículos dos municípios” explica o coordenador da Câmara Técnica de Urgência do Comitê Gestor de Urgência da RMC, Edison Vale Teixeira Júnior.
De acordo com ele, como nessas situações existem muitos serviços envolvidos, é essencial que o protocolo adotado seja único e que não existam dúvidas sobre o papel de cada profissional.
O diretor da Rede Paraná Urgência da Secretaria da Saúde, Vinicius Filipak, destacou a importância de rever a forma de atuação das equipes para qualificar o atendimento.
“Uma rede só se concretiza com todos os pontos de atenção interligados e conectados. Desde 2011 estamos estruturando a Rede Paraná Urgência e temos bons resultados a comemorar, mas o trabalho tem que ser constantemente revisto para evitar erros e sobrecarga de qualquer um dos pontos de atenção à saúde”, explicou Filipak.
Segundo o coordenador, o trabalho em rede deixou para trás uma forma de atuação fragmentada e tem proporcionado bons resultados, como a redução de 15% da mortalidade por causas externas, como acidentes e violência, e a ampliação da oferta de leitos de UTI em 59%.
“Em 2010, o Paraná contava com 1176 leitos de Unidade de Terapia Intensiva disponíveis para o sistema público de saúde e atualmente já podemos contar com 1870 leitos de UTI. Essa é uma retaguarda importante para a efetividade do atendimento de urgência e emergência”, destacou.
RESULTADOS – Como resultado do encontro, foi elaborado um documento dirigido ao Conselho Regional de Medicina (CRM) com diversos questionamentos técnicos sobre a conduta a ser adotada nas situações de urgência em que há registro de óbito. Com as respostas oficiais do CRM, o Comitê Gestor de Urgência da RMC vai rever os fluxos de atendimento e elaborar novo protocolo para todos os serviços de saúde envolvidos.
Também participaram do encontro o diretor do Instituto Médico Legal, Carlos Alberto Peixoto; o secretário da Saúde de Curitiba, César Titon; a presidente do Conselho Regional de Secretarias Municipais de Saúde da 2ª Regional de Saúde, Katya Carvalho; o representante do Conselho Regional de Medicina, Carlos Naufel, além de profissionais do Samu, Siate e da área de vigilância e dos nove hospitais de urgência da RMC.

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