Produção industrial paranaense
avançou 2,8% em março

Estado registrou variação positiva de 1,1% no primeiro trimestre frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em junho de 2015
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10/05/2016 - 12:20
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A produção da indústria do Paraná e do Brasil avançou 2,8% e 1,4%, respectivamente, na passagem de fevereiro para março de 2016, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o Estado registrou variação positiva de 1,1% no trimestre encerrado em março de 2016 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em junho de 2015.
O principal impacto positivo no Paraná veio do setor de bebidas (23,7%), produtos alimentícios (12,9%) e fabricação de produtos de madeira (2,5%).
Em março de 2016, no confronto com março de 2015, o setor fabril paranaense teve recuo de 6%, frente contração de 11,4% para o Brasil, com retração em 13 dos 15 locais pesquisados. Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Estado foram: fabricação de máquinas, equipamentos e materiais elétricos (-24,4%), impulsionado pela menor produção de fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, refrigeradores ou congeladores, eletroportáteis domésticos e cabos de fibras ópticas e pela menor produção de produtos minerais não-metálicos (-23,5%), devido à redução na produção de cimentos Portland, blocos e tijolos para construção, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes, artigos de porcelana para serviço de mesa ou de cozinha, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto e massa de concreto preparada para construção.
Também interferiu no resultado o recuou na fabricação de máquinas e equipamentos (-20,2%), impulsionado pela menor produção de máquinas para colheita, máquinas portáteis para furar, serrar, cortar ou aparafusar, tratores agrícolas, máquinas para preparação de materiais têxtil e máquinas-ferramenta para trabalhar madeira e cortiça e pela fabricação de móveis (-19,3%), devido à menor produção de armários de madeira para uso residencial, cômodas de madeira, componentes, partes e peças de madeira para móveis e móveis modulados de madeira para cozinhas.
Vale citar ainda a diminuição na fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-16,1%), devido à redução da produção de óleo diesel, óleos combustíveis e gás liquefeito de petróleo, pela fabricação de produtos químicos (-15%), devido à redução na produção de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e de produtos de metal (-14,3%), devido à redução na produção de artefatos diversos de ferro ou aço estampados, cadeados, torres e pórticos de ferro e aço, artefatos diversos de ferro e aço trefilados, latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos e moldes para fabricação de peças de borracha e plástico.
ACUMULADO - De janeiro a março de 2016, a indústria do Paraná desacelerou 8,7% no confronto contra igual período do ano anterior, ante redução de 11,7% na produção nacional.
Dos 13 setores pesquisados, dez diminuíram a produção, puxados por máquinas e equipamentos (-37,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-28,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-19,8%), minerais não-metálicos (-17,4%), fabricação de produtos de metal (-16,3%), fabricação de móveis (-15,8%), produtos químicos (-12,9%) e produtos de borracha e de material plástico (-7,2%).
No índice acumulado nos últimos 12 meses, terminados em março de 2016, o Paraná registrou redução de 8,9% ante retração de 9,7% para o Brasil.
As principais influências negativas sobre a média global regional ficaram com fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,9%), fabricação de móveis (-21,5%), produtos de minerais não-metálicos (-19,2%), máquinas e equipamentos (-17,5%) e produtos de metal (-11,8%).
Segundo o diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Francisco José Gouveia de Castro, o resultado é o reflexo da crise econômica brasileira, que tem gerado incertezas quanto ao futuro e impactando negativamente no setor, causando forte retração das vendas internas, aumento dos custos de produção e dispensa da mão de obra empregada.

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