Produção industrial
do Paraná recua
6,3% em julho

Os ramos que influenciaram negativamente no índice geral foram fabricação de produtos alimentícios, fabricação de coque e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, produtos minerais não metálicos e produtos de madeira.
Publicação
09/09/2015 - 11:00
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A produção da indústria do Paraná recuou 6,3% na passagem de junho para julho de 2015, diante da queda na média nacional de 1,5%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o Estado interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas que acumularam expansão de 2,1%.
Entre os quatorze locais pesquisados no País, oito apresentaram redução no ritmo da produção industrial. Os ramos que influenciaram negativamente no índice geral do Estado foram fabricação de produtos alimentícios, fabricação de coque e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, produtos minerais não-metálicos e produtos de madeira.
Em julho de 2015, na comparação com julho de 2014, o setor fabril paranaense apontou recuo de 11,5%, frente à contração de 8,9% para o Brasil, com retração em onze dos quinze locais pesquisados. Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Estado foram fabricação de produtos de minerais não metálicos (-29,6%), impulsionado pela menor produção de cimentos Portland, blocos e tijolos para construção, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes e artigos de fibrocimento contendo amianto e pela fabricação de móveis (-24,8%) devido à menor produção de armários de madeira para uso residencial, móveis de madeira para cozinhas, poltronas e sofás de madeira e móveis diversos de metal para escritório.
Também interferiu no resultado o recuo na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,6%), pressionado pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques. Houve ainda a influência na fabricação de refrigeradores ou congeladores, fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante e chicotes elétricos para a transmissão de energia (exceto para veículos).
Também influenciou a diminuição na fabricação de máquinas e equipamentos (-16,1%), explicada pelo recuo na produção de tratores agrícolas e pela fabricação de produtos de metal (-14,3%), devido à menor produção de esquadrias de alumínio, torres e pórticos de ferro e aço e artefatos diversos de ferro e aço estampado.
Em sentido oposto, o principal impacto positivo veio do setor de celulose, papel e produtos de papel (7,9%), pressionado principalmente relo aumento na produção de caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina.
No índice acumulado para os sete primeiros meses de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 7,1% na comparação ao mesmo período do ano anterior, ante redução de 6,6% na produção nacional. Dos treze setores pesquisados, oito diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-28,6%), fabricação de produtos de minerais não metálicos (-19,5%), fabricação de móveis (-10,1%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-7%), produtos de metal (-5,9%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,6%).
No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em julho de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 6,7%, frente à retração de 5,3% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-27%), produtos minerais não-metálicos (-14,2%), fabricação de máquinas e equipamentos (-9,4%), fabricação de móveis (-7,8%), e produtos de metal (-4,1%).
O diretor do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o economista Francisco José Gouveia de Castro, explica que as condições macroeconômicas têm afetado mais intensamente a estrutura industrial do Paraná, causando forte retração das vendas internas, aumentando os estoques nas fábricas e revendas dos principais segmentos. “A combinação entre a escalada da taxa de inflação, dos juros e do câmbio têm afetado significativamente o setor industrial, em especial os estados que possuem maior participação do setor automotivo em sua estrutura produtiva”.
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