Produção industrial do Paraná
cresce 3,3% no primeiro trimestre

Recuperação dos níveis da produção industrial revela efeito dos novos investimentos atraídos para o Estado nos últimos anos
Publicação
09/05/2014 - 16:20
Editoria

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A produção da indústria do Paraná registrou alta de 3,3% no primeiro trimestre de 2014, a quarta taxa positiva seguida, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos treze setores pesquisados, oito aumentaram a produção, puxados por madeira (20,1%), minerais não-metálicos (15,0%), metal (8,7%), veículos (8,6%) e bebidas (7,6%).
A performance da indústria paranaense segue muito à frente da produção média nacional que cresceu apenas 0,4% nos primeiros meses de 2014. No indicador acumulado de doze meses, encerrado em março, a indústria do Paraná avançou 4,6%, diante de uma alta de 2,1% para o complexo industrial nacional. Os melhores resultados são dos setores de madeira (21,2%), máquinas e equipamentos (14,1%), minerais não-metálicos (13,5%), metal (11,2%) e borracha e plástico (10,2%).
Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), as estatísticas do IBGE demonstram recuperação dos níveis da produção fabril do Paraná, ancorada, especialmente, nos insumos para a construção civil e a metalmecânica. “Cabe ressaltar a interferência virtuosa dos primeiros efeitos dos investimentos das empresas que se instalaram no Estado desde o início de 2011”, afirmou o economista.
RECUO - Na passagem de fevereiro para março de 2014, a produção industrial do Estado apresentou recuo de 2,1%, diante da queda de 0,5% para o Brasil. Entre os locais pesquisados no País, sete apresentaram retração neste tipo de comparação. Os ramos que influenciaram negativamente no Estado foram produtos químicos, veículos e máquinas e equipamentos.
Em março de 2014, no confronto com março de 2013, o setor fabril paranaense desacelerou 3,3% após dois meses de crescimento consecutivo, frente contração de 0,9% para a indústria nacional. Dos quinze locais investigados, sete mostraram retração.
Os setores que afetaram o desempenho da indústria no Estado foram veículos automotores (com queda de 20,7%), pressionado pela menor produção de automóveis, veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças; máquinas e equipamentos (-16,0%), pela menor fabricação de máquinas para colheita, máquinas para preparação de matéria têxtil, fornos industriais e máquinas para indústria de panificação; móveis (menos 9,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (queda de 7,6%).
As contribuições positivas vieram dos segmentos madeira (25,5%), devido a maior produção de madeira densificada (MDF), painéis de partículas de madeira, madeira compensada e madeira serrada, aplanada e polida; bebidas (21,0%), pela maior fabricação de preparações em pó para a elaboração de bebidas, refrigerantes e cervejas e chope; e minerais não-metálicos (16,4%), com maior produção de blocos e tijolos para a construção de cimento eu concreto, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e cimentos “Portland”.
NOVA METODOLOGIA - As mudanças metodológicas introduzidas na PIM-PF, pelo IBGE, com a ampliação e atualização do painel de produtos e informantes da pesquisa, a partir de 2012, com base na Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2010, permitiram a revisão dos resultados observados desde 2002.
Com isso, o crescimento da produção industrial do Paraná em 2013 ficou em 3,2%, contra 2,3% no Brasil. Não mais de 5,6% contra 1,2% para o País, conforme apurado pela série anterior.
Na média trienal (2011-2013), o incremento da produção fabril estadual sobe de 2,5% ao ano para 2,7% ao ano. A brasileira aumenta de menos 0,3% para 0,1% ao ano.
Além disso, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná de 2013 passa a ser de 4,6% - ante os 5% divulgados com base na metodologia anterior. A média do triênio aumentou de 4,2% para 4,3% ao ano. O IBGE ainda não refez os cálculos para o País.
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