Produção industrial cai 7,8% em julho,
mas ainda tem saldo positivo no ano

A produção industrial do Paraná recuou 7,8% em julho, em relação ao mesmo mês de 2011
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06/09/2012 - 12:10
Editoria

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A produção industrial do Paraná recuou 7,8% em julho, em relação ao mesmo mês de 2011. No mesmo período, a produção da indústria nacional caiu 2,9%, na média dos 13 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a queda em julho – a segunda consecutiva –, no acumulado do ano a indústria paranaense ainda acumula alta de 1,8% na produção, enquanto a média nacional para o período é negativa (-3,7%).
Os dados do IBGE mostram que 11 dos 14 segmentos industriais investigados no Paraná tiveram redução na atividade em julho, com destaque para edição e impressão, máquinas e equipamentos, alimentos e veículos automotores.
Na comparação com o mês anterior (junho), a produção do parque manufatureiro estadual caiu –1,1%, também o segundo decréscimo consecutivo. Na média do País, a produção industrial aumentou 0,3%.
No indicador de doze meses encerrados em julho de 2012, a indústria paranaense tem desempenho positivo, com alta de 6,9%, na produção, a segunda maior no ranking nacional, perdendo apenas para Goiás (7,1%), frente contração de –2,5% para a média do Brasil. Nove atividades foram responsáveis pela trajetória positiva da base industrial do Paraná neste intervalo, notadamente edição e impressão, madeira, refino de petróleo e álcool e veículos automotores.
Para o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, a desaceleração da indústria paranaense, iniciada na virada do primeiro para o segundo semestre de 2012, indica a reprodução regional dos sinais recessivos emitidos pelo parque nacional. “Os números mostram a lenta resposta da atividade manufatureira aos estímulos fiscais e monetários localizados, concedidos pelo governo federal, e o alargamento das incertezas quanto à intensidade e duração da crise externa, liderada pela Eurozona”, afirma.
De acordo com Lourenço, essa tendência deverá ser revertida ainda no segundo semestre de 2012, por conta do encaixe do Estado na etapa de recuperação da economia brasileira e da manutenção do panorama de forte dinamismo do mercado de trabalho no Paraná. Ele lembra que a indústria do Estado ampliou a geração de empregos em 25,6% nos primeiros sete meses do ano, contra 13,3% no Brasil.
“Além disso, vamos iniciar o período de maturação da carteira de mais de R$ 18 bilhões de investimentos em empreendimentos industriais, anunciados por 80 grupos privados, e protocolados pelo Programa Paraná Competitivo, nos últimos 20 meses, despertando uma verdadeira demanda reprimida entre 2003 e 2010”, afirma Lourenço.

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