Produção industrial avança
0,3% no Paraná, mostra
pesquisa IBGE

No Brasil o avanço foi de 0,6%. Na comparação de maio com o mesmo mês do ano passado e no acumulado do ano os resultados são negativos, no Estado e no País
Publicação
10/07/2015 - 12:25
Editoria

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A produção da indústria do Paraná avançou 0,3% na passagem de abril para maio de 2015. Na média nacional a evolução foi de 0,6%, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (09). Com esse resultado, o Estado mostrou a segunda taxa positiva consecutiva neste indicador, acumulando aumento de 1,8%.
Entre os quatorze locais pesquisados no País, nove apresentaram aumento no ritmo da produção industrial. No Paraná, os ramos que influenciaram positivamente no índice geral foram produtos químicos, borracha e material plástico, derivados de petróleo, minerais não-metálicos e produtos alimentícios.
AUTOMOTIVO - Em maio de 2015, em relação a maio de 2014, o setor industrial paranaense apontou recuo de 10,1%. No Brasil, a retração foi de 8,8%, com queda na produção industrial em treze dos quinze locais pesquisados.
Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Paraná foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-42,6%), impulsionado pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semireboques, caminhões, automóveis e reboques e semirreboques.
“O impacto das condições macroeconômicas tem afetado mais intensamente nos resultados do setor automotivo, que possui significativa participação na estrutura industrial do Paraná, causando forte retração das vendas internas e externas e aumentando os estoques nas fábricas e revendas”, afirma o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Também interferiu no resultado a fabricação de produtos minerais não-metálicos (-18%), pressionado pela menor produção de blocos e tijolos para construção, cimentos “Portland” e artigos de fibrocimento. Houve influência, ainda, na produção de móveis (-16%), com menor produção de armários de madeira para uso residencial (exceto embutidos ou modulados), móveis diversos de metal para escritório, poltronas e sofás de madeira (exceto para escritório) e assentos e cadeiras de madeira (exceto para escritório)
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - Também houve queda na produção de máquinas e equipamentos (-7,3%), explicado pela queda na fabricação de tratores agrícolas, máquinas para a indústria de panificação ou pastelaria e máquinas e aparelhos para projetar ou pulverizar para uso agrícola. Houve declínio, também, na fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,8%), pressionado pela diminuição na produção de óleos combustíveis, gasolina automotiva e asfalto de petróleo.
CRESCIMENTO - Em sentido oposto, exerceram as influências mais positivas sobre o total da indústria paranaense os setores de celulose, papel e produtos de papel (16,3%) e produtos de madeira (10,1%), impulsionados pelo aumento na produção de caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão e cartolina e de madeira densificada (MDF), painéis de fibras de madeira e madeira serrada, aplainada ou polida
ACUMULADO NO ANO - No índice acumulado de janeiro-maio de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 8,8% em relaçao a igual período do ano anterior. No Brasil a redução foi de 6,9%.
Dos treze setores pesquisados, sete diminuíram a produção no Estado, puxados por fabricação de veículos automotivos (-36,3%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-17,7%), produtos de borracha e de material plástico (-8,3%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-7,8%), e fabricação de móveis (-7,3%).
DOZE MESES - No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em maio de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 8%, contra uma retração de 5,3% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,3%), fabricação de máquinas e equipamentos (-10,2%), produtos minerais não-metálicos (-9,3%), produtos de borracha e plástico (-7,9%), fabricação de móveis (-7,5%), e fabricação de produtos alimentícios (-4,9%).
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