O avanço no uso de tecnologia na produção de milho no Paraná está impulsionando o desenvolvimento industrial nas regiões produtoras. No mês passado, a Cargill anunciou investimentos no valor de R$ 350 milhões na instalação de uma moderna unidade processadora de milho em Castro, região dos Campos Gerais. A iniciativa vai consolidar uma tendência já apontada pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, de que o Paraná irá se destacar de forma expressiva como líder nacional na produção de milho.
O Paraná planta duas safras por ano e a produtividade em alguns municípios vem atingindo 12 mil quilos por hectare no plantio de verão (a média estadual é de 7.873 quilos por hectare).
De acordo com a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral), a médio e longo prazos o Paraná deverá consolidar sua liderança no ranking nacional com a incorporação em todas as regiões de tecnologias disponíveis, devendo expandir ainda mais a cultura no Estado e aumentar sua participação na produção do cereal no País.
Na avaliação da técnica, quando forem abertos os canais de escoamento da soja produzida nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do País rumo aos portos dos estados do Norte, certamente a soja produzida na região Sul perderá em competitividade. Nesse momento, a produção de milho tenderá a se tornar a alternativa mais viável, impulsionada pela tradição e aptidão do produtor paranaense para a cultura, disse Demarchi.
Motivados pela comercialização satisfatória do grão esse ano e pela redução nos estoques mundiais, os produtores devem ampliar ainda mais a área plantada na safra de verão 2011/12. No ano passado, as duas safras proporcionaram um faturamento bruto de R$ 3,7 bilhões aos agricultores paranaenses.
O estado já produz em média cerca de 22% da produção nacional e é campeão em produtividade, com uma média de 7.873 quilos por hectare, conforme resultado obtido na primeira safra de milho em 2010/11. Nessa temporada (2010/11) que está se encerrando, a produção da segunda safra foi prejudicada por geadas severas e estiagem e registrou uma quebra da ordem de 32% em relação ao potencial da cultura. Neste ano deverão ser produzidas no Estado cerca de 11,6 milhões de toneladas considerando-se as duas safras: de verão e segunda safra, um resultado 14,7% abaixo do obtido no ano passado, quando as duas safras totalizaram 13,6 milhões de toneladas.
RECORDE – A safra recorde de milho foi obtida em 2008 com a colheita de 15,6 milhões de toneladas, sendo 9,7 milhões de toneladas obtidas na primeira safra e 5,9 milhões na segunda safra.
Segundo Margorete Demarchi, a cada ano observa-se que o cultivo do milho vem apresentando expressivos avanços tecnológicos, o que resulta em incrementos significativos na produtividade e qualidade do produto. A combinação da profissionalização dos produtores, assistência técnica pública e privada e das instituições de pesquisa, que juntos vêm apostando na difusão e adoção das tecnologias disponíveis de genética, biotecnologia e práticas integradas de manejo, vem assegurando os bons resultados obtidos tanto na primeira como na segunda safra.
Na última safra de verão (2010/11), em função dos baixos preços do milho na comercialização, o produtor reduziu bastante a área plantada, ocupando apenas 768 mil hectares (a menor desde a década de 70) com a cultura. Mesmo assim, em função da boa tecnologia aplicada, o resultado foi uma produtividade recorde de 7.873 kg/ha.
Para Demarchi, apesar das adversidades climáticas enfrentadas, observa-se que a produção de milho vem superando os obstáculos e avança para um outro patamar de produtividade à medida que incorpora mais tecnologia no processo produtivo. Atualmente o produtor já recorre a um pacote tecnológico com híbridos mais resistentes a pragas e doenças.
INVESTIMENTOS – São esses os fatores que começam a atrair investimentos de porte como o da Cargill, que vai investir em inovação tecnológica e fortalecer o processo de industrialização do milho no Paraná. Na região dos Campos Gerais, a produção agrícola com alta tecnologia, a infraestrutura, a posição geográfica em um entroncamento rodoviário, com acesso à capital, ao porto e a outros estados, além da oferta de mão de obra qualificada, são algumas das vantagens capazes de atrair investimentos.
PRODUTIVIDADE SURPREENDENTE – O Deral apresenta a evolução da produtividade do milho no Paraná numa demonstração de crescimento surpreendente estimulado pela tecnologia. Na primeira safra, a produtividade média obtida no início dos anos 2000 era de 5 mil quilos por hectare. E agora a média alcançada na última safra foi de 7.900 quilos por hectare, um avanço de 58% no período.
Demarchi lembra que antes as altas produtividades eram alcançadas em regiões chamadas de “bolsões de alta tecnologia” localizadas nas regiões dos Campos Gerais, Oeste e Norte do Estado. Agora, ao contrário, existem “bolsões de baixa tecnologia” de milho, cuja produção tem pouca participação no volume total produzido no Estado.
Conforme o Deral, há municípios que se destacam com altos índices de produtividade, atingindo médias de 10 mil a 12 mil quilos por hectare. Com produtividades mais elevadas o custo unitário de produção fica mais baixo. É justamente aí que a produção de milho se torna mais rentável em comparação com a soja, avaliou a técnica.
Na segunda safra de milho também observa-se uma expansão na produtividade. No início dos anos 2000 a produtividade média desta safra era de 3.200 quilos por hectare. Na safra 2009/10 foi registrada produtividade média de quase 5 mil quilos por hectare, um crescimento de 56% no período.
O Paraná consome cerca de 8,5 milhões de toneladas de milho, a maior parte transformada em ração animal, suprindo a demanda das cadeias produtivas de carne de frango e de suínos. O restante é vendido para outros estados, bem como para exportação, um novo canal de comercialização que o Estado também vem explorando.
O Paraná planta duas safras por ano e a produtividade em alguns municípios vem atingindo 12 mil quilos por hectare no plantio de verão (a média estadual é de 7.873 quilos por hectare).
De acordo com a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Departamento de Economia Rural (Deral), a médio e longo prazos o Paraná deverá consolidar sua liderança no ranking nacional com a incorporação em todas as regiões de tecnologias disponíveis, devendo expandir ainda mais a cultura no Estado e aumentar sua participação na produção do cereal no País.
Na avaliação da técnica, quando forem abertos os canais de escoamento da soja produzida nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do País rumo aos portos dos estados do Norte, certamente a soja produzida na região Sul perderá em competitividade. Nesse momento, a produção de milho tenderá a se tornar a alternativa mais viável, impulsionada pela tradição e aptidão do produtor paranaense para a cultura, disse Demarchi.
Motivados pela comercialização satisfatória do grão esse ano e pela redução nos estoques mundiais, os produtores devem ampliar ainda mais a área plantada na safra de verão 2011/12. No ano passado, as duas safras proporcionaram um faturamento bruto de R$ 3,7 bilhões aos agricultores paranaenses.
O estado já produz em média cerca de 22% da produção nacional e é campeão em produtividade, com uma média de 7.873 quilos por hectare, conforme resultado obtido na primeira safra de milho em 2010/11. Nessa temporada (2010/11) que está se encerrando, a produção da segunda safra foi prejudicada por geadas severas e estiagem e registrou uma quebra da ordem de 32% em relação ao potencial da cultura. Neste ano deverão ser produzidas no Estado cerca de 11,6 milhões de toneladas considerando-se as duas safras: de verão e segunda safra, um resultado 14,7% abaixo do obtido no ano passado, quando as duas safras totalizaram 13,6 milhões de toneladas.
RECORDE – A safra recorde de milho foi obtida em 2008 com a colheita de 15,6 milhões de toneladas, sendo 9,7 milhões de toneladas obtidas na primeira safra e 5,9 milhões na segunda safra.
Segundo Margorete Demarchi, a cada ano observa-se que o cultivo do milho vem apresentando expressivos avanços tecnológicos, o que resulta em incrementos significativos na produtividade e qualidade do produto. A combinação da profissionalização dos produtores, assistência técnica pública e privada e das instituições de pesquisa, que juntos vêm apostando na difusão e adoção das tecnologias disponíveis de genética, biotecnologia e práticas integradas de manejo, vem assegurando os bons resultados obtidos tanto na primeira como na segunda safra.
Na última safra de verão (2010/11), em função dos baixos preços do milho na comercialização, o produtor reduziu bastante a área plantada, ocupando apenas 768 mil hectares (a menor desde a década de 70) com a cultura. Mesmo assim, em função da boa tecnologia aplicada, o resultado foi uma produtividade recorde de 7.873 kg/ha.
Para Demarchi, apesar das adversidades climáticas enfrentadas, observa-se que a produção de milho vem superando os obstáculos e avança para um outro patamar de produtividade à medida que incorpora mais tecnologia no processo produtivo. Atualmente o produtor já recorre a um pacote tecnológico com híbridos mais resistentes a pragas e doenças.
INVESTIMENTOS – São esses os fatores que começam a atrair investimentos de porte como o da Cargill, que vai investir em inovação tecnológica e fortalecer o processo de industrialização do milho no Paraná. Na região dos Campos Gerais, a produção agrícola com alta tecnologia, a infraestrutura, a posição geográfica em um entroncamento rodoviário, com acesso à capital, ao porto e a outros estados, além da oferta de mão de obra qualificada, são algumas das vantagens capazes de atrair investimentos.
PRODUTIVIDADE SURPREENDENTE – O Deral apresenta a evolução da produtividade do milho no Paraná numa demonstração de crescimento surpreendente estimulado pela tecnologia. Na primeira safra, a produtividade média obtida no início dos anos 2000 era de 5 mil quilos por hectare. E agora a média alcançada na última safra foi de 7.900 quilos por hectare, um avanço de 58% no período.
Demarchi lembra que antes as altas produtividades eram alcançadas em regiões chamadas de “bolsões de alta tecnologia” localizadas nas regiões dos Campos Gerais, Oeste e Norte do Estado. Agora, ao contrário, existem “bolsões de baixa tecnologia” de milho, cuja produção tem pouca participação no volume total produzido no Estado.
Conforme o Deral, há municípios que se destacam com altos índices de produtividade, atingindo médias de 10 mil a 12 mil quilos por hectare. Com produtividades mais elevadas o custo unitário de produção fica mais baixo. É justamente aí que a produção de milho se torna mais rentável em comparação com a soja, avaliou a técnica.
Na segunda safra de milho também observa-se uma expansão na produtividade. No início dos anos 2000 a produtividade média desta safra era de 3.200 quilos por hectare. Na safra 2009/10 foi registrada produtividade média de quase 5 mil quilos por hectare, um crescimento de 56% no período.
O Paraná consome cerca de 8,5 milhões de toneladas de milho, a maior parte transformada em ração animal, suprindo a demanda das cadeias produtivas de carne de frango e de suínos. O restante é vendido para outros estados, bem como para exportação, um novo canal de comercialização que o Estado também vem explorando.