O desempenho da produção industrial paranaense acompanhou a tendência de redução registrada no País e caiu no ano passado. No acumulado de janeiro a dezembro de 2012, houve queda de 4,8% no Estado e de 2,7% na média brasileira, em comparação com 2011. A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – Regional (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 14 estados brasileiros, foi divulgada nesta quarta-feira (06/02).
Um dos principais componentes para o baixo resultado foi a redução da produção do setor automotivo, com queda de 16,2% no comparativo entre 2012 e o ano anterior. No mês de dezembro do ano passado, em relação ao mesmo mês de 2011, houve uma queda de 57,3% na fabricação de veículos no Paraná, fato explicado pela suspensão da produção da montadora Renault para obras de ampliação da unidade em São José dos Pinhais.
Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), explica que a baixa performance da indústria paranaense reflete fatores externos que impactam na dinâmica produtiva nacional. “A retomada sustentada da curva ascendente da produção industrial no Estado requer, fundamentalmente, a melhoria das variáveis externas que afetam o ciclo de negócios regional”, avaliou.
Os indicadores, na avaliação de Lourenço, mostram que a crise na Europa, a estagnação das economias dos Estados Unidos e do Japão e a desaceleração chinesa afetam a economia brasileira. Ele também ressaltou o problema do desajuste na taxa de câmbio, que beneficia as importações em detrimento da produção interna.
“Temos que considerar a resposta do mercado doméstico aos estímulos de política econômica, lançados pelo governo federal, restrita à desova de estoques de alguns bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, que não interferiram positivamente nos patamares de produção”, comentou o diretor-presidente do Ipardes.
Lourenço lembra que o parque industrial do Paraná apresentou crescimento expressivo na produção em 2011, com alta de 5,5%, contra aumento de 0,3% no Brasil. Por isso, a base de comparação ficou mais elevada no comparativo entre um ano e outro.
Vários setores que se sobressaíram no balanço de 2011 tiveram desempenho inverso no ano passado. O diretor do Ipardes exemplificou que a produção de edição e impressão e de veículos cresceu 73,9% e 50,9%, em dezembro de 2011, e recuou 73% e 57,3%, no mesmo mês do ano passado.
Também tiveram baixo desempenho atividades com impactos em cadeias industriais como química (insumos agrícolas ou adubos e fertilizantes), complexo automotivo (caminhões, bombas injetoras, máquinas e aparelhos elétricos e borracha e plástico), minerais não metálicos (matérias-primas e insumos para a construção civil), máquinas e equipamentos, metalurgia e papel e celulose.
NÚMEROS – A pesquisa do IBGE apurou queda de 3,5% na produção do Paraná em dezembro de 2012 em relação a novembro. Com relação a dezembro de 2011, o declínio foi de 28,3%, determinado por nove dos 14 ramos acompanhados: gráfico (-73,0%), veículos (-57,3%), borracha e plástico (-17,1%), celulose e papel (-14,0%), produtos de metal (-10,1%), minerais não metálicos (-4,1%), diversos (-3,8%), máquinas e equipamentos (-3,4%) e químico (-3,4%).
No quarto trimestre de 2012, o nível de atividade manufatureira paranaense acusou redução de 15,8%, em comparação com o mesmo trimestre de 2011, depois de ter recuado 8,6% no terceiro trimestre e crescido 9,5%, 15,2%, 7,4% e 0,1%, respectivamente, no terceiro e quarto trimestre de 2011 e no primeiro e segundo trimestre de 2012.
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o decréscimo foi menos acentuado (-4,8%), mantendo a tendência esboçada desde o primeiro trimestre do ano, com declínios de 3,4%, 5,5%, e 3,2%.
O indicador anual de 2012 exibiu queda de oito atividades. São elas: veículos automotores (-16,2%), química (-10,1%), edição e impressão (-4,4%), minerais não metálicos (-3,4%), celulose e papel (-1,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,8%), borracha e plástico (-0,8%) e produtos de metal (-0,1%).
Gilmar Lourenço acredita que a maturação de empreendimentos abrigados no programa Paraná Competitivo, que contabiliza mais de R$ 20 bilhões em projetos industriais, com potencial de criação de mais de 120 mil empregos diretos, indiretos e pelo efeito renda, vai ampliar a atividade fabril do Paraná.
Ele destaca, contudo, que a velocidade de crescimento da atividade industrial “depende do abrandamento da turbulência externa e da alteração do eixo da macroeconomia brasileira, menos voltado para o presente, protagonizado pelo populismo do consumo, e fortemente direcionado ao futuro, caracterizado pela ampliação dos investimentos e da produtividade”.
Um dos principais componentes para o baixo resultado foi a redução da produção do setor automotivo, com queda de 16,2% no comparativo entre 2012 e o ano anterior. No mês de dezembro do ano passado, em relação ao mesmo mês de 2011, houve uma queda de 57,3% na fabricação de veículos no Paraná, fato explicado pela suspensão da produção da montadora Renault para obras de ampliação da unidade em São José dos Pinhais.
Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), explica que a baixa performance da indústria paranaense reflete fatores externos que impactam na dinâmica produtiva nacional. “A retomada sustentada da curva ascendente da produção industrial no Estado requer, fundamentalmente, a melhoria das variáveis externas que afetam o ciclo de negócios regional”, avaliou.
Os indicadores, na avaliação de Lourenço, mostram que a crise na Europa, a estagnação das economias dos Estados Unidos e do Japão e a desaceleração chinesa afetam a economia brasileira. Ele também ressaltou o problema do desajuste na taxa de câmbio, que beneficia as importações em detrimento da produção interna.
“Temos que considerar a resposta do mercado doméstico aos estímulos de política econômica, lançados pelo governo federal, restrita à desova de estoques de alguns bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, que não interferiram positivamente nos patamares de produção”, comentou o diretor-presidente do Ipardes.
Lourenço lembra que o parque industrial do Paraná apresentou crescimento expressivo na produção em 2011, com alta de 5,5%, contra aumento de 0,3% no Brasil. Por isso, a base de comparação ficou mais elevada no comparativo entre um ano e outro.
Vários setores que se sobressaíram no balanço de 2011 tiveram desempenho inverso no ano passado. O diretor do Ipardes exemplificou que a produção de edição e impressão e de veículos cresceu 73,9% e 50,9%, em dezembro de 2011, e recuou 73% e 57,3%, no mesmo mês do ano passado.
Também tiveram baixo desempenho atividades com impactos em cadeias industriais como química (insumos agrícolas ou adubos e fertilizantes), complexo automotivo (caminhões, bombas injetoras, máquinas e aparelhos elétricos e borracha e plástico), minerais não metálicos (matérias-primas e insumos para a construção civil), máquinas e equipamentos, metalurgia e papel e celulose.
NÚMEROS – A pesquisa do IBGE apurou queda de 3,5% na produção do Paraná em dezembro de 2012 em relação a novembro. Com relação a dezembro de 2011, o declínio foi de 28,3%, determinado por nove dos 14 ramos acompanhados: gráfico (-73,0%), veículos (-57,3%), borracha e plástico (-17,1%), celulose e papel (-14,0%), produtos de metal (-10,1%), minerais não metálicos (-4,1%), diversos (-3,8%), máquinas e equipamentos (-3,4%) e químico (-3,4%).
No quarto trimestre de 2012, o nível de atividade manufatureira paranaense acusou redução de 15,8%, em comparação com o mesmo trimestre de 2011, depois de ter recuado 8,6% no terceiro trimestre e crescido 9,5%, 15,2%, 7,4% e 0,1%, respectivamente, no terceiro e quarto trimestre de 2011 e no primeiro e segundo trimestre de 2012.
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o decréscimo foi menos acentuado (-4,8%), mantendo a tendência esboçada desde o primeiro trimestre do ano, com declínios de 3,4%, 5,5%, e 3,2%.
O indicador anual de 2012 exibiu queda de oito atividades. São elas: veículos automotores (-16,2%), química (-10,1%), edição e impressão (-4,4%), minerais não metálicos (-3,4%), celulose e papel (-1,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,8%), borracha e plástico (-0,8%) e produtos de metal (-0,1%).
Gilmar Lourenço acredita que a maturação de empreendimentos abrigados no programa Paraná Competitivo, que contabiliza mais de R$ 20 bilhões em projetos industriais, com potencial de criação de mais de 120 mil empregos diretos, indiretos e pelo efeito renda, vai ampliar a atividade fabril do Paraná.
Ele destaca, contudo, que a velocidade de crescimento da atividade industrial “depende do abrandamento da turbulência externa e da alteração do eixo da macroeconomia brasileira, menos voltado para o presente, protagonizado pelo populismo do consumo, e fortemente direcionado ao futuro, caracterizado pela ampliação dos investimentos e da produtividade”.