Produção da indústria
paranaense perde
fôlego em setembro

Na média brasileira, a produção do setor fabril recuou 0,2% em setembro. Seis dos quatorze locais pesquisados no País apresentaram diminuição no ritmo industrial.
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07/11/2014 - 13:00
Editoria

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A produção industrial do Paraná caiu 0,5% em setembro, no comparativo com o mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a produção da indústria paranaense teve variação positiva de 2,8% no trimestre em razão do ganho de 9,4% em julho e agosto.
Na média nacional, a produção do setor fabril recuou 0,2% em setembro. No País, seis dos quatorze locais pesquisados apresentaram diminuição no ritmo industrial. Os ramos que influenciaram negativamente o desempenho do Paraná foram a fabricação produtos químicos, alimentos, máquinas e equipamentos, minerais não metálicos, derivados de petróleo e de biocombustíveis, madeira, metal e veículos automotores.
No comparativo com o mesmo mês do ano passado, em setembro o setor fabril paranaense apontou recuo de 6,9%, frente contração de 2,1% para o Brasil. Os setores que afetaram o desempenho da indústria no Estado foram veículos (-24,0%); máquinas e equipamentos (-16,4%); produtos químicos (-10,9%); e produtos alimentícios (-7,9%).
No mesmo período, houve alta na produção de setores como máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,2%); bebidas (8%); madeira (4,1%); e fabricação de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (4%).
No acumulado de nove meses de 2014, a indústria do Paraná desacelerou 5,8%. Dos treze segmentos pesquisados, nove diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-19,5%); móveis (-9,6%); máquinas e equipamentos (-9,5%); produção de alimentos (-6,7%); e fabricação de produtos de metal (-2,8%). No País, a queda acumulada ficou em 2,9% neste ano.
No indicador acumulado de doze meses, encerrado em setembro de 2014, a produção industrial paranaense apresenta manteve a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2014 (4,7%).
Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, os números desfavoráveis da produção industrial nacional e regional “resultam da combinação entre a precariedade da política econômica adotada pela atual gestão federal, com o abandono do tripé formado por câmbio flutuante, superávits fiscais primários e metas de inflação; da insegurança energética e excessiva e longeva intervenção estatal no mercado; má alocação dos recursos produtivos; e precária infraestrutura de transporte”.
“Somado a isso, cabe destacar a perspectiva desfavorável da elevação do consumo das famílias, em função da redução dos ganhos reais de salário, por conta da escalada da inflação, e do elevado comprometimento da renda com pagamento de dívidas”, analisa o economista do Ipardes.
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