Presos da Colônia Penal
recebem certificados de
cursos profissionalizantes

Oitenta e sete detentos do regime semiaberto concluíram cursos de dois meses para carpinteiro, pedreiro, encanador e eletricista
Publicação
14/12/2011 - 19:10
Editoria

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Oitenta e sete presos do regime semiaberto da Colônia Penal Agroindustrial do Estado, em Piraquara, receberam nesta quarta-feira (14) certificados de profissionais no ramo da construção civil. Eles concluíram cursos de dois meses nas áreas de carpinteiro, pedreiro, encanador e eletricista, realizados por meio de uma parceria entre a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Durante a solenidade, o Sinduscon anunciou que os alunos terão trabalho praticamente garantido quando ganharem a liberdade. Os presos também foram comunicados que já estão cadastrados em empresas de recursos humanos presentes no evento.
O presidente do Sinduscom, Normando Antonio Baú, lembrou que o mercado da construção civil está aquecido. Segundo ele, existe a previsão de abertura de 7 mil novas vagas de trabalho na área em 2012.
A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, garantiu que os cursos terão continuidade. De acordo com ela, novas turmas para 100 alunos serão abertas não só na Colônia Penal, mas também em outras unidades do sistema penitenciário do Paraná. O próximo grupo começará as aulas práticas e teóricas em março de 2012.
A secretária também anunciou, em nome do governador Beto Richa, que será viabilizada a abertura de frentes de trabalho para presos nas obras da Copa do Mundo de 2014 no Paraná.
RESSOCIALIZAÇÃO – O trabalho da secretaria está focado na ressocialização do apenado dentro de uma cultura de paz. Para dar andamento a ações nesse sentido, Maria Tereza Gomes anunciou oficialmente o inicio do PDI-Cidadania/DEPEN – Programa de Desenvolvimento Integrado, que faz parte do Plano Diretor do Sistema Penal da pasta.
“Com esse programa, almejamos transformar as prisões em escolas de capacitação profissional. O objetivo é que elas contribuam com a promoção da cultura da paz por meio da criação de observatórios de conhecimento como os de gestão prisional, práticas de sustentabilidade, saúde mental e núcleo de práticas jurídicas, além de centrais de resíduos sólidos, canteiros produtivos de trabalho, associações de proteção e assistência aos condenados, cooperativas de trabalho de apenados e egressos, arranjos produtivos locais, consórcios e parcerias público-privadas”, afirmou.

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