O diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, defendeu a transferência do controle da produção e venda de álcool do Ministério da Agricultura para a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Para Lourenço, que é economista, esta seria a providência mais eficaz para conter a escalada dos preços dos combustíveis, especialmente o álcool, verificada no Brasil desde o início do ano. “Hoje o Ministério da Agricultura acompanha os preços sem fiscalizar as usinas e companhias distribuidoras”, afirma.
Para o presidente do Ipardes, o governo federal tem sido negligente na fiscalização. “As empresas distribuidoras exercem a função de fixadores de preços, perseguindo o aumento das suas margens de rentabilidade, enquanto produtores agrícolas, industriais, varejistas e consumidores assumem o papel de tomadores de preço”, afirma.
Lourenço diz que fatores sazonais e climáticos – como a entressafra da cana-de-açúcar e atrasos na colheita – explicam apenas parcialmente a disparada dos preços. Além da falta de fiscalização, afirma, “há também a ausência de planejamento público de médio e longo prazos para o setor”. Ele destaca que, aparentemente, a atenção do governo com o pré-sal tem colocado em segundo plano a necessidade de revitalizar o proálcool.
Isso pode ser evidenciado, segundo Lourenço, pela ausência de uma política de formação de estoques reguladores. O crédito de estocagem oferecido pelo governo cobra juros de mercado, desestimulando a contratação. No ano passado, dos R$ 2 bilhões alocados pelo governo para essa finalidade, só 20% foram efetivamente emprestados.
Para o presidente do Ipardes, as medidas anunciadas pelo governo para combater a crise do álcool têm caráter paliativo. “A compra de 200 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos e a diminuição da proporção da mistura de álcool anidro na gasolina de 25,0% para 20,0% repõem, respectivamente, pouco mais de 6% e 3% da oferta de cana desviada de álcool para açúcar”, afirma.
O desvio da cana para a produção de açúcar – cuja cotação está em alta no mercado internacional – é apontado como uma das razões do aumento do preço do álcool combustível. Este ano, enquanto a produção brasileira de cana cresceu 5 milhões de toneladas, a produção de álcool nas usinas foi reduzida em 3 bilhões de litros.
Gilmar Lourenço também destaca que o pacote de suporte financeiro anunciado pelo governo – que prevê recursos do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação das lavouras, acumulação de estoques e implantação de novas usinas – não surtirá efeito imediato. “É uma medida de maturação temporal média e longa”, afirma.
Segundo dados do Ipardes, no período de 12 meses encerrado em março o preço do álcool subiu 36,32% em Curitiba e o da gasolina aumentou 8,34%. No mesmo período, a inflação no varejo na cidade foi de 6,17%.
Para o presidente do Ipardes, o governo federal tem sido negligente na fiscalização. “As empresas distribuidoras exercem a função de fixadores de preços, perseguindo o aumento das suas margens de rentabilidade, enquanto produtores agrícolas, industriais, varejistas e consumidores assumem o papel de tomadores de preço”, afirma.
Lourenço diz que fatores sazonais e climáticos – como a entressafra da cana-de-açúcar e atrasos na colheita – explicam apenas parcialmente a disparada dos preços. Além da falta de fiscalização, afirma, “há também a ausência de planejamento público de médio e longo prazos para o setor”. Ele destaca que, aparentemente, a atenção do governo com o pré-sal tem colocado em segundo plano a necessidade de revitalizar o proálcool.
Isso pode ser evidenciado, segundo Lourenço, pela ausência de uma política de formação de estoques reguladores. O crédito de estocagem oferecido pelo governo cobra juros de mercado, desestimulando a contratação. No ano passado, dos R$ 2 bilhões alocados pelo governo para essa finalidade, só 20% foram efetivamente emprestados.
Para o presidente do Ipardes, as medidas anunciadas pelo governo para combater a crise do álcool têm caráter paliativo. “A compra de 200 milhões de litros de etanol dos Estados Unidos e a diminuição da proporção da mistura de álcool anidro na gasolina de 25,0% para 20,0% repõem, respectivamente, pouco mais de 6% e 3% da oferta de cana desviada de álcool para açúcar”, afirma.
O desvio da cana para a produção de açúcar – cuja cotação está em alta no mercado internacional – é apontado como uma das razões do aumento do preço do álcool combustível. Este ano, enquanto a produção brasileira de cana cresceu 5 milhões de toneladas, a produção de álcool nas usinas foi reduzida em 3 bilhões de litros.
Gilmar Lourenço também destaca que o pacote de suporte financeiro anunciado pelo governo – que prevê recursos do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação das lavouras, acumulação de estoques e implantação de novas usinas – não surtirá efeito imediato. “É uma medida de maturação temporal média e longa”, afirma.
Segundo dados do Ipardes, no período de 12 meses encerrado em março o preço do álcool subiu 36,32% em Curitiba e o da gasolina aumentou 8,34%. No mesmo período, a inflação no varejo na cidade foi de 6,17%.