Presidente da Comec esclarece questão
da integração do transporte em Curitiba

De janeiro de 2013 até fevereiro de 2015 - quando o convênio deixou de ser renovado -, o governo estadual repassou mais de R$ 120 milhões à Urbs para cobrir a diferença no custo por passageiro da Rede Integrada de Transporte (RIT)
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07/11/2016 - 16:30
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O diretor-presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Omar Akel, esclarece que o Governo do Estado não deixou de pagar o subsídio à Prefeitura de Curitiba para manter a integração do transporte metropolitano. De janeiro de 2013 até fevereiro de 2015 - quando o convênio deixou de ser renovado -, o governo estadual repassou mais de R$ 120 milhões à URBS para cobrir a diferença no custo por passageiro da Rede Integrada de Transporte (RIT). “Nenhum prefeito de Curitiba recebeu tanto subsídio quanto o atual”, aponta Akel.
De acordo com Akel, em diversas reuniões para tratar do subsídio do transporte público, a URBS e a Prefeitura de Curitiba afirmavam que o sistema da Capital era equilibrado e que não precisava de subsídio. “Eles alegavam que as linhas metropolitanas, de responsabilidade do Governo do Estado, é que geravam o desequilíbrio do sistema. Até o último momento defendemos a manutenção da integração física-tarifária, mas a prefeitura decidiu anunciar uma tarifa somente para capital, provocando a desintegração financeira”, explica.
Para não onerar os passageiros dos municípios vizinhos, a Comec buscou, na época, uma série de ações emergenciais buscando garantir a operação com uma tarifa equilibrada, mantendo a máxima mobilidade e assegurando que os usuários não tivessem que pagar duas passagens para seu deslocamento.
SUBSÍDIO – Em 2014, na vigência do convênio com a Prefeitura de Curitiba, o Governo do Estado mantinha um subsídio mensal de R$ 7,5 milhões. Com a separação financeira dos sistemas de transporte Municipal e Metropolitano, em 2015, o Estado manteve um repasse mensal ao sistema metropolitano de R$ 3,8 milhões.
“A Comec sempre reiterou a necessidade de se buscar uma rede integrada de transporte metropolitano, o que não foi possível pela não aceitação da Urbs dos novos valores de subsídio oferecidos pelo Estado a partir de fevereiro de 2015”, afirma Omar Akel. “Mas é importante ressaltar que este valor foi suficiente para manutenção do sistema metropolitano durante todo o ano”, salienta.
Atualmente, o governo repassa um subsídio mensal de R$ 5 milhões para o sistema metropolitano. “Esse valor está sendo disponibilizado para construirmos com Curitiba uma rede de transporte metropolitano integrado”, diz Akel. “A Comec acredita na disposição do futuro prefeito de Curitiba em manter a integração e tomará todas as providências para consolidar um efetivo avanço no sistema, que beneficie, cada vez mais, o cidadão metropolitano”, enfatiza.

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