Preços em Curitiba sobem
0,94% em novembro

Índice medido pelo Ipardes registrou inflação de 5,48% na capital, desde o início do ano
Publicação
12/12/2012 - 12:12
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba, para a faixa de renda familiar de 1 a 40 salários mínimos, foi de 0,94% no mês de novembro, segundo levantamento o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Esta é a maior alta para o mês de novembro desde 2002, quando a elevação foi de 2,95%. Na comparação com o mês anterior houve aumento de 0,5% e com novembro do ano passado, de 0,39%.
O acumulado dos últimos 12 meses está em 6,11%, patamar superior ao constatado em novembro de 2011 (5,91%). De forma semelhante, o acumulado do ano – janeiro a novembro – está em 5,48% ante 5,19% do ano anterior. O comportamento dos grupos de despesas neste mês foi marcado pelo aumento dos preços de Transporte e Comunicação, responsável por quase a metade do valor final do índice, seguido de Despesas Pessoais, que participou com 25% no total do índice.
GRUPOS – O grupo Transporte e Comunicação teve seus preços majorados em 2,16%. As maiores pressões vieram dos aumentos de preços da gasolina (14,99%), passagens aéreas (23,87%), álcool combustível (7,50%) e conserto de veículos (3,20%). Estes produtos estão entre os que mais pesam no bolso do consumidor curitibano. Os preços nos postos de combustíveis foram reajustados na virada de outubro para novembro. Quanto às passagens de avião e os consertos de veículos, os aumentos estão relacionados a esta época do ano. Em contrapartida, destacaram-se as quedas em itens como automóvel de passeio e utilitário usados (-1,21%) e seguro voluntário de veículo (-6%).
Com alta de 1,56%, o grupo Despesas Pessoais apresentou taxa significativamente superior à apurada em outubro (0,60%). A principal contribuição veio da alta de 27,10% nos preços dos pacotes turísticos nacionais. Ocorreram aumentos também em disco laser (CD) e casas noturnas, que apresentaram as respectivas variações: 7,99% e 4,06%.
Após ter apresentado acréscimo de 1,38% em outubro, o grupo Alimentos e Bebidas vem em processo de desaceleração desde a primeira semana de novembro, fechando o mês com variação de 0,61%. Os itens que mais contribuíram para este resultado foram: com alta de preços, pão francês (2,76%), leite pasteurizado (1,96%), alcatra bovina (7,17%) e arroz (4,09%) e, com queda, tomate (-20,91%), banana caturra (-20,74%), batata-inglesa (-8,29%), cebola (-20,62%), pêssego (-30,43%) e cenoura (-23,09%).
ROUPAS – Do grupo Vestuário, que caiu -0,69%, as principais contribuições foram tênis para adulto (-4,99%), agasalho feminino (-9,63%) e calça comprida feminina (-3,76%). Com alta, destaque apenas para blusa feminina (6,10%). Na comparação com outubro, houve significativa desaceleração, seguida de queda nos preços, já que a taxa naquele mês foi de 1,68%.
Com alta de 0,31%, o grupo Habitação pressionou menos o índice que no mês anterior, quando teve aumento de 0,70%. O aluguel residencial, com alta de 0,91% e o sabão em pó, com queda de 5,19% (devido a promoções de preços), foram os principais destaques.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (com 0,27% de aumento) manteve-se praticamente estável, na comparação com o mês de outubro (0,30%). Os itens que mais influenciaram na taxa do mês foram: medicamentos antigripais e antitussígenos (2,08%) e anti-infecciosos e antibióticos (1,11%).
Os Artigos de Residência subiram 0,16%, revertendo a situação ocorrida em outubro (-0,59%). Para este resultado, contribuíram a alta nos preços de aparelho de som (4,14%) e as quedas em televisão (-2,33%) e móvel para quarto infantil (-5,06%).