A governadora Cida Borghetti homologou nesta sexta-feira (21), em Paranaguá, o contrato para o início das campanhas de dragagem de manutenção continuada dos portos do Paraná nos próximos anos. O contrato foi assinado já com a licença de operação emitida pelo Ibama. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai investir R$ 403 milhões para remoção do assoreamento dos canais de acesso, bacias de evolução, berços públicos e fundeadouros.
O ato aconteceu no cais do Porto de Paranaguá e a governadora também vistoriou as obras de ampliação dos berços 201 e 202. O projeto, orçado em R$ 177,5 milhões, segue em ritmo acelerado e vai contribuir para aumento da capacidade de movimentação de grãos do terminal portuário.
Cida afirmou que a dragagem de manutenção representa avanço e modernidade que garantirão que grandes navios possam continuar atracando, garantindo eficiência aos portos paranaenses e movimento à economia do Estado.
“Planejamos a estrutura marítima para que os portos paranaenses sejam competitivos pelas próximas décadas. O investimento possibilita que o Porto de Paranaguá continue sendo um dos mais competitivos da América Latina”, disse. “Todo esse processo já está autorizado ambientalmente e será feito respeitando a natureza e o período de reprodução das espécies marinhas”, afirmou a governadora.
Segundo o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese, o processo é fundamental para manter as dimensões e profundidades previstas, garantindo a segurança da navegação. “Os Portos do Paraná ficaram muitos anos sem qualquer investimento em infraestrutura marítima, sem dragagem e sem condição de competir com os demais portos brasileiros. Isso mudou”, disse ele. “Recuperamos o passivo, dragamos o porto e movimentamos um volume recorde de 51,5 milhões de toneladas de carga em 2017”, explicou.
A DRAGAGEM - A contratação desta nova campanha de dragagem de manutenção incluirá as áreas Alfa, Bravo, Charlie, Fundeio e Delta. O processo consiste na retirada de material do fundo do mar, garantindo a profundidade adequada à segurança da navegação de navios de grande porte, que chegam a Paranaguá diariamente para importação ou exportação de produtos diversos.
As campanhas garantirão a profundidade obtida com a dragagem de aprofundamento, contratada pelo Governo Federal e em execução - proporcionando os 16 metros de profundidade no canal de acesso externo (áreas Alfa) e entre 15 e 14 metros, nos canais de acesso interno (áreas Bravo 1 e Bravo 2). A bacia de evolução será mantida com 14 metros de profundidade.
No Porto de Antonina, a dragagem vai manter a profundidade do canal de acesso e da bacia de evolução (áreas Delta 1 e 2) entre 9 metros e 9,5 metros.
PRESENÇA - O general Luiz Felipe Kraemer Carbonell acompanhou o ato de assinatura.
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Campanhas de dragagem terão inéditas janelas ambientais
As próximas campanhas de dragagem de manutenção a serem realizadas nos Portos do Paraná terão um diferencial: a inclusão de janelas ambientais nos períodos de reprodução de espécies marinhas.
“O Porto de Paranaguá é o primeiro no Brasil a apresentar esta proposta ao órgão ambiental”, disse o diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno da Silveira Guimarães.
Ele explica que toda a atividade de dragagem foi planejada para que as intervenções se concentrem no menor período de tempo possível e nos momentos mais adequados ambientalmente.
“Definimos estes períodos com base em janelas ambientais, para evitar a atividade nos períodos de maior sensibilidade do ecossistema”, ressaltou Bruno. Além disso, as janelas ambientais levaram em consideração aspectos como as atividades portuárias e o fluxo aquaviário, condições meteorológicas e oceanográficas, períodos migratórios, de reprodução e crescimento de espécies, atividades pesqueiras artesanais, de subsistência e de turismo.
O Plano Conceitual de Dragagem da Appa, previsto na Licença de Operação n° 1173/2013, inclui, ainda, a realização de programas de monitoramento e acompanhamento. Entre eles estão o programa de educação ambiental e comunicação social, programas de monitoramento de biota aquática, das águas, da qualidade ambiental dos sedimentos, do volume dragado, monitoramento da dispersão da pluma de sedimentos e dos parâmetros oceanográficos.
O gerenciamento ambiental das dragas também contempla as formas de acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos e efluentes gerados, com a elaboração de relatórios periódicos dos sensores das dragas.