Porto de Paranaguá aumenta
em 45% embarques de grãos

Aumento dos embarques pelo corredor de exportação se deu entre 2011 e 2017. Essa evolução foi assunto da reunião do governador Beto Richa com dirigentes de 12 empresas que operam em Paranaguá. Eles afirmam os investimentos dos últimos anos propiciaram grande salto em produção e produtividade.

 
Publicação
28/03/2018 - 14:10

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O Porto de Paranaguá, um dos maiores portos graneleiros da América Latina, aumentou em 45% o volume de grãos embarcados pelo corredor de exportação, entre 2010 e 2017. Em 2010 foram escoadas 12 milhões de toneladas de produtos. No ano passado, a movimentação atingiu a marca recorde de 17,4 milhões de toneladas – maior volume já exportado em toda a história do terminal.

Esse avanço foi assunto do encontro, nesta quarta-feira (28), do governador Beto Richa com dirigentes de 12 empresas que operam em Paranaguá. Os empresários atribuíram os avanços aos investimentos e ao diálogo entre a autoridade portuária e o setor produtivo.

“Escolhemos este caminho do diálogo e do entendimento para governar. O porto evoluiu e foi transformado sistematicamente ao longo destes sete anos da nossa administração. Hoje é o maior porto do agronegócio brasileiro, o que nos orgulha”, disse o governador. “Modernização, dragagem, fim das filas e planejamento adequado resultaram em ganhos de produtividade”, afirmou Richa.

Ele ressaltou os investimentos públicos históricos, que totalizam R$ 657 milhões até 2017, com a previsão de atingir R$725 milhões até 2020. O montante garantiu recordes de movimentação e resultados para todo o setor produtivo.

O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, disse que a grande mudança no Porto começou quando o governo passou a ouvir os clientes. “Fomos até o interior do Estado entender qual era a necessidade do produtor. E o resultado é que hoje temos um porto eficiente que trabalha em sintonia com as empresas”, afirmou o secretário.

APROVAÇÃO - Entre as empresas que participaram do encontro está a Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP), que é operada por dez grandes empresas. Juntas elas exportam mais de 17 milhões de toneladas de grãos por ano e pretendem atingir a marca anual de 20 milhões de toneladas.

“Com a gestão eficiente nos últimos anos, conseguimos avançar. Construímos neste período uma estrutura adequada, que tem possibilitado escoar as safras agrícolas com maior rapidez e qualidade”, explica o gerente da ATEXP, Jean Azzolin.

O superintendente de Operações e Logística da Coamo, Airton Galinari, ressaltou que são exportados por Paranaguá 80% da produção dos seus 28 mil cooperados. “Tivemos muitos problemas no passado e levamos a nossa carga para outros portos do Brasil. Hoje, os investimentos feitos pela Appa permitiram que toda a movimentação da Coamo retornasse ao Porto e fosse exportada por Paranaguá”, relatou. Galinari afirmou que o ambiente de confiança criado no porto propiciou novos investimentos da Coamo na área arrendada e na área privada do Porto.

PRODUTIVIDADE - Segundo Gilson Luiz Azinelli, superintendente da Cotriguaçu, que reúne as quatro maiores Cooperativas do Oeste do Paraná (Lar, Copacol, Coopavel e Cvale) 100% da produção de farelo, soja e milho sai por Paranaguá  “A modernização no Porto aumentou a nossa produtividade consideravelmente”, disse Azinelli.

O gerente da Interalli, Helder Catarino, comparou a atual gestão com anos anteriores. “Não vimos nada parecido com o que foi feito nos últimos sete anos no Porto. Uma gestão eficiente e o aprimoramento de ferramentas trouxeram ganhos de produção históricos.”

Já o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, afirmou que outro fator essencial em Paranaguá é a expertise de seu corpo técnico. “São milhares de trabalhadores diretamente envolvidos com a atividade portuária, o que mostra a importância central do porto para a economia da cidade, da região e do estado”, destacou Dividino.

CORREDOR DE EXPORTAÇÃO - O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá é formado por um conglomerado de silos horizontais e verticais, correias transportadoras e carregadores de navios, com capacidade de embarque de 9 mil toneladas/ hora.

O complexo graneleiro da APPA é composto por dois silos com capacidade total para 160 mil toneladas e interligados a outros dez terminais privados. Estes são responsáveis por 80% do total do volume exportado pelo Porto. Os terminais possuem capacidade de recebimento de cargas de 11,2 mil toneladas/hora, e capacidade de ensilagem que ultrapassa 1,2 milhão de toneladas.

PRESENÇAS - Participaram da reunião o diretor do Jornal Folha do Litoral, Antonio Saad Gebran Sobrinho; o gerente da Associação dos Terminais, Jean Azolin; gerentes da Cotriguaçu, Rodrigo Coelho; da Cargill, André Maragliano; da AGTL, João Paulo Barbieri; o diretor da Centro Sul, Marcos Altemburger; o gerente da Rocha Terminais, Jeferson Hining, e o diretor da empresa, João Gilberto; o gerente da Coamo, João Marson; o gerente da Louis Dreyfus, João Paiva; o conselheiro da AOCEP, Luiz Hargs; o diretor da Cimbessul, Helder Catarino; o gerente da InterAlli e os diretores da CBL, Fabricio e Felipe Fumagalli.

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