População deve ficar alerta
ao tráfico de pessoas e
à exploração sexual

Aumento do público em diversas regiões e o uso de trabalho de crianças e adolescentes por famílias com atividades informais favorecem a exploração. Denuncie pelos telefones 100, 180 e 181
Publicação
03/02/2016 - 10:39
Editoria

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A Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos alerta a população sobre o tráfico de pessoas e a exploração sexual, também crianças e adolescente, durante o Carnaval.
O secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Leonildo de Souza Grota, explica que objetivo é informar as pessoas sobre o crime de tráfico humano propiciado por propostas fáceis e enganosas de trabalho em outras regiões ou países. “Temos que ficar atentos em razão do aumento do fluxo migratório decorrente do feriado de Carnaval”, ressaltou.
Silvia Cristina Xavier, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, diz que é preciso reconhecer e denunciar a exploração sexual e o tráfico de pessoas, assim como os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
“As principais vítimas desse tipo de crime são mulheres, crianças, adolescentes, travestis e transexuais. Entretanto, muitas dessas pessoas não se enxergam como vítimas. Infelizmente, elas convivem com a exclusão social, são indivíduos que não têm seus direitos fundamentais adquiridos, como moradia, saúde e educação de qualidade”, destaca a coordenadora. Para Silvia, eventos como Carnaval são vistos por muitas famílias que trabalham na informalidade como uma oportunidade de reforçar a renda. É comum as crianças acompanharem os adultos para ajudar. Segundo ela, esse é um momento que favorece e expõe a criança a diversos tipos de situação, o que acaba facilitando a exploração ou a violência.
De acordo com a coordenadora, a presença de crianças e adolescentes em locais de trabalho temporário e reciclagem é também intensificada nesses períodos. “Não podemos deixar que a falta de oportunidade e o fato de não ter onde deixar os filhos façam com que as famílias coloquem os menores nesta situação de vulnerabilidade. É dever do poder público orientar e fiscalizar e, para isso, contamos com a colaboração da população”, complementa.
DENUNCIE – Em caso de suspeita, a denúncia pode ser feita de forma anônima pelos telefones 100, 181 e 180 Qualquer fato estranho e que chame a atenção, como uma proposta de emprego fácil no Exterior para ganhar muito dinheiro ou trabalho temporário com alta remuneração, podem ser denunciados às polícias Civil, Militar e Rodoviária, que estão capacitadas para encaminhar o caso.
NA PRÁTICA – O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, tem como principal função a prevenção, a articulação e o planejamento das ações para o enfrentamento ao tráfico de pessoas na esfera Estadual.
Dados das Nações Unidas revelam que as mulheres jovens, na faixa de 18 a 21 anos, solteiras e com baixa escolaridade são o alvo principal das redes de aliciamento que operam no Brasil nesta época do ano. Muitos aliciadores são empresários que atuam em diferentes negócios, como casas de espetáculos, comércio, agências de encontro, bares, agências de turismo e salões de beleza.
Os principais destinos das vítimas são Espanha, Itália e Portugal, mas existe tráfico também para Suíça, Israel, França, Japão e para os Estados Unidos.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

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