O Viaduto João Negrão, localizado no bairro Rebouças, em Curitiba, e mais conhecido como Ponte Preta, será restaurado a partir do mês de janeiro, numa ação conjunta entre a Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), Prefeitura e Thá Incorporadora, responsável pela obra de revitalização.
Tombada pelo Patrimônio Cultural do Estado, a ponte necessitava de obras de recuperação, principalmente para reparo dos danos causados por colisões acidentais de veículos que trafegam pelo local com altura acima do permitido para a área (3,60m).
“A Ponte Preta não deve ser vista como um problema para o trânsito, mas como um monumento histórico que precisa ser respeitado. Preservar um bem tombado é uma ação que depende de todos”, destaca o secretário da Cultura, Paulino Viapiana.
O Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) orientaram o Grupo Thá nas diretrizes do restauro da ponte. O projeto prevê também a revitalização do entorno, com obras de paisagismo e de iluminação para ampliar a segurança. Concluído o restauro, a Ponte Preta será utilizada como passarela para pedestres.
A sinalização nas vias próximas ao viaduto também será reforçada para evitar acidentes. Além do painel com sensor de altura que funciona no local, o projeto de revitalização prevê a instalação de outros equipamentos nas demais vias de acesso e a retirada da capa asfáltica da Rua João Negrão, que voltará a ser de paralelepípedo.
“A intenção é promover a redução de velocidade dos veículos embaixo da ponte, a fim de recuperar a memória e valorizar o monumento histórico, trazendo a pavimentação original, com o mesmo viés do que foi feito na Rua Riachuelo”, diz Rosina Parchen, coordenadora do Patrimônio Cultural da SEEC.
HISTÓRIA – Esta é a segunda ponte construída no local. A primeira foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1885 e era conhecida como Ponte da Rua Schmidlin, pois passava sobre a via assim denominada em homenagem ao proprietário dos terrenos do local. Ela foi a última etapa da construção da ferrovia ligando Paranaguá a Curitiba.
Com o aumento do tráfego ferroviário e do peso das composições, ela foi substituída pela atual ponte, inaugurada em 1944, com estrutura metálica importada dos Estados Unidos (naquela época não havia produção de aço no Brasil) e pedras talhadas em formas geométricas. Ela foi montada sob a supervisão do seu projetista, o engenheiro Oscar Machado da Costa.
Considerada uma obra de arte da engenharia ferroviária, a Ponte Preta é única no mundo. Sua arquitetura foi especialmente desenvolvida, já que naquela época não existia o conceito de protensão (tensões prévias no concreto).
“A ponte possui três grandes vigas. A do meio sustentava o maior peso e não havia geometria para mudar a altura dela. Por isso, foi construída uma viga com balanço concretado para dar o peso contrário ao do trem. Foi a primeira vez no mundo que esse conceito foi utilizado”, explica o engenheiro Raul Ozório de Almeida, filho de um dos responsáveis por construir a obra, o engenheiro Roberto Saraiva Ozório, e que será o responsável pelas obras de restauração.
A empresa que fabricou a ponte nos Estados Unidos exigiu um documento que garantisse a estabilidade da obra, pois nunca tinha construído algo semelhante. A Ponte Preta foi desativada nos anos 70, devido à inauguração da nova estação rodoferroviária, e tombada como patrimônio histórico estadual em 1976.
Tombada pelo Patrimônio Cultural do Estado, a ponte necessitava de obras de recuperação, principalmente para reparo dos danos causados por colisões acidentais de veículos que trafegam pelo local com altura acima do permitido para a área (3,60m).
“A Ponte Preta não deve ser vista como um problema para o trânsito, mas como um monumento histórico que precisa ser respeitado. Preservar um bem tombado é uma ação que depende de todos”, destaca o secretário da Cultura, Paulino Viapiana.
O Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) orientaram o Grupo Thá nas diretrizes do restauro da ponte. O projeto prevê também a revitalização do entorno, com obras de paisagismo e de iluminação para ampliar a segurança. Concluído o restauro, a Ponte Preta será utilizada como passarela para pedestres.
A sinalização nas vias próximas ao viaduto também será reforçada para evitar acidentes. Além do painel com sensor de altura que funciona no local, o projeto de revitalização prevê a instalação de outros equipamentos nas demais vias de acesso e a retirada da capa asfáltica da Rua João Negrão, que voltará a ser de paralelepípedo.
“A intenção é promover a redução de velocidade dos veículos embaixo da ponte, a fim de recuperar a memória e valorizar o monumento histórico, trazendo a pavimentação original, com o mesmo viés do que foi feito na Rua Riachuelo”, diz Rosina Parchen, coordenadora do Patrimônio Cultural da SEEC.
HISTÓRIA – Esta é a segunda ponte construída no local. A primeira foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1885 e era conhecida como Ponte da Rua Schmidlin, pois passava sobre a via assim denominada em homenagem ao proprietário dos terrenos do local. Ela foi a última etapa da construção da ferrovia ligando Paranaguá a Curitiba.
Com o aumento do tráfego ferroviário e do peso das composições, ela foi substituída pela atual ponte, inaugurada em 1944, com estrutura metálica importada dos Estados Unidos (naquela época não havia produção de aço no Brasil) e pedras talhadas em formas geométricas. Ela foi montada sob a supervisão do seu projetista, o engenheiro Oscar Machado da Costa.
Considerada uma obra de arte da engenharia ferroviária, a Ponte Preta é única no mundo. Sua arquitetura foi especialmente desenvolvida, já que naquela época não existia o conceito de protensão (tensões prévias no concreto).
“A ponte possui três grandes vigas. A do meio sustentava o maior peso e não havia geometria para mudar a altura dela. Por isso, foi construída uma viga com balanço concretado para dar o peso contrário ao do trem. Foi a primeira vez no mundo que esse conceito foi utilizado”, explica o engenheiro Raul Ozório de Almeida, filho de um dos responsáveis por construir a obra, o engenheiro Roberto Saraiva Ozório, e que será o responsável pelas obras de restauração.
A empresa que fabricou a ponte nos Estados Unidos exigiu um documento que garantisse a estabilidade da obra, pois nunca tinha construído algo semelhante. A Ponte Preta foi desativada nos anos 70, devido à inauguração da nova estação rodoferroviária, e tombada como patrimônio histórico estadual em 1976.