Polícia Civil cria grupo especializado para investigar homicídios antigos

O grupo contará com duas equipes e buscará solução para os inquéritos policiais sem solução há mais de dois anos
Publicação
01/03/2011 - 13:10
Editoria

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A Polícia Civil criou o grupo Honre (Homicídios não Resolvidos), para investigar casos que aguardam solução há mais de dois anos. O projeto-piloto vai ser aplicado em Curitiba, mas poderá ser levado a outras cidades, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius Michelotto.
“Com a criação do Honre, as equipes da Delegacia de Homicídios se dedicarão às investigações de crimes mais recentes. Queremos que as respostas para a sociedade e para as famílias das vítimas sejam dadas em tempo menor”, afirmou Michelotto.
O grupo contará com duas equipes, chefiadas por um delegado experiente, e buscará solução para os casos investigados em inquéritos há mais de dois anos. Desta forma, as demais equipes da DH poderão se dedicar somente às investigações de crimes mais recentes.
Segundo a polícia, a necessidade para criar este grupo é o grande número de inquéritos policiais ainda sem solução. “Alguns casos acabam de lado devido ao acúmulo de trabalho da delegacia em função do volume das ocorrências atendidas”, explicou o delegado-geral.
ESTRUTURA – Inicialmente, o grupo usará a estrutura da Delegacia de Homicídios, que é subordinada a Divisão de Investigações Criminais, do Departamento da Polícia Civil do Paraná. A triagem dos casos que ficará sob a responsabilidade do Honre, terá como base modernas técnicas de investigação policial. Serão seguidos critérios como o tempo entre a prática do crime e a data da análise, as possibilidades de produção de provas, as provas já colhidas e os indícios apurados.
Segundo o delegado que comandará o grupo, Rubens Recalcati, será avaliada a quantidade de pessoal e de recursos materiais. “Os casos analisados na triagem que precisarem de maior contingente policial serão reestruturados”.
De acordo com o delegado-chefe da Divisão de Investigações Criminais (DIC), Luis Fernando Viana Artigas Filho, os casos que não tiverem mais condições de serem investigados serão encaminhados à Justiça, com sugestão de arquivamento. “Trata-se de mudança de paradigma, que indica linguagem clara e objetiva, baseada em planejamento e controle de resultados, na parcela que cabe à Polícia Civil no combate à violência e na proteção da vida” explicou.

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