O Ministério da Agricultura e do Abastecimento discute a possibilidade de promover ajustes no zoneamento agrícola da cultura da soja no Paraná e antecipar em até 10 dias o plantio no Estado, nos municípios onde a pesquisa permitir. A intenção é atender uma reivindicação dos produtores paranaenses que nos últimos cinco anos já estão plantando variedades precoces e semiprecoces da planta como forma de antecipar o ciclo da cultura. Como conseqüência, também será antecipado o plantio do milho safrinha, fazendo com que a cultura escape dos rigores das geadas de inverno, que este ano provocaram perdas de 35% da produção.
O assunto foi debatido na tarde de quinta-feira (14) na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em reunião com a presença do coordenador do Zoneamento Agropecuário do Ministério, Gustavo Bracale, que veio ao Estado para ouvir os representantes dos produtores e das entidades de pesquisa envolvidas.
Participaram da reunião o diretor interino do Departamento de Economia Rural (Deral), Carlos Hugo Godinho, e técnicos do Deral, da Embrapa, Iapar, da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e de mais sete cooperativas de produção paranaenses, além de um representante da Coodetec, entidade de pesquisa das cooperativas paranaenses.
Os representantes das entidades de pesquisa Embrapa e Iapar mantiveram-se cautelosos com a alteração no zoneamento, alertando os produtores que eles podem escapar das geadas, mas correm o risco de enfrentar problemas maiores com pragas e doenças. Segundo Bracale, o objetivo do zoneamento é avaliar o risco de produção e evitar perdas por eventos climáticos adversos. Ele informou que vai levar os resultados da discussão para avaliação do departamento de Gestão de Risco Rural da Secretaria Nacional de Política Agrícola do Ministério.
Conforme foi exposto na discussão, o produtor paranaense vem mudando o plantio de soja nos últimos cinco anos, passando a plantar variedades de ciclo indeterminado que permitem planejar melhor o manejo da cultura. Ocorre que as variedades de soja de ciclo indeterminado são precoces e já vêm sendo plantadas a partir dos últimos dias de setembro em muitos municípios do Estado, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Centro-Oeste do Estado, onde também se planta o milho safrinha. Assim, os produtores conseguem colher a soja em fevereiro e plantam em seguida o milho da segunda safra.
RECUPERAÇO – Essas variedades também ajudam o produtor com a recuperação das plantas caso aconteçam ocorrências climáticas graves, como excesso ou falta de chuvas. Isso porque elas dão várias floradas durante o ciclo de desenvolvimento e caso a primeira seja perdida por causa de seca ou excesso de chuvas, as floradas seguintes podem até recuperar o potencial produtivo da planta. As variedades de ciclo determinado, ao contrário, dão apenas uma florada, e caso ocorra algum evento climático grave elas perdem a possibilidade de recuperação.
De acordo com apresentação da Coodetec, cerca de 70% do plantio de soja no Paraná já é de variedade indeterminada. Na safra 2006/07, das 11 cultivares plantadas em área que concentra 80% do plantio de soja no Estado, apenas uma era de ciclo indeterminado. Já na última safra (2010/11), das 14 cultivares plantadas, ocupando a mesma área, 9 já eram de ciclo indeterminado.
ANTECIPAÇÃO – A antecipação pode ajudar o produtor de milho da segunda safra a escapar dos rigores das geadas que ocorrem no Paraná a partir de meados de junho, segundo acompanhamento dos últimos anos. Segundo representantes de uma cooperativa com forte atuação no Oeste do Paraná, as geadas do final de junho provocaram perdas de cerca de 40% do milho da segunda safra. Eles calculam que se os produtores tivessem plantado as variedades precoces, essa perda seria reduzida para aproximadamente 10%. Isso porque quando ocorreram as geadas, no final de junho, as espigas de milho já estariam maduras e prontas para serem colhidas.
O assunto foi debatido na tarde de quinta-feira (14) na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em reunião com a presença do coordenador do Zoneamento Agropecuário do Ministério, Gustavo Bracale, que veio ao Estado para ouvir os representantes dos produtores e das entidades de pesquisa envolvidas.
Participaram da reunião o diretor interino do Departamento de Economia Rural (Deral), Carlos Hugo Godinho, e técnicos do Deral, da Embrapa, Iapar, da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e de mais sete cooperativas de produção paranaenses, além de um representante da Coodetec, entidade de pesquisa das cooperativas paranaenses.
Os representantes das entidades de pesquisa Embrapa e Iapar mantiveram-se cautelosos com a alteração no zoneamento, alertando os produtores que eles podem escapar das geadas, mas correm o risco de enfrentar problemas maiores com pragas e doenças. Segundo Bracale, o objetivo do zoneamento é avaliar o risco de produção e evitar perdas por eventos climáticos adversos. Ele informou que vai levar os resultados da discussão para avaliação do departamento de Gestão de Risco Rural da Secretaria Nacional de Política Agrícola do Ministério.
Conforme foi exposto na discussão, o produtor paranaense vem mudando o plantio de soja nos últimos cinco anos, passando a plantar variedades de ciclo indeterminado que permitem planejar melhor o manejo da cultura. Ocorre que as variedades de soja de ciclo indeterminado são precoces e já vêm sendo plantadas a partir dos últimos dias de setembro em muitos municípios do Estado, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Centro-Oeste do Estado, onde também se planta o milho safrinha. Assim, os produtores conseguem colher a soja em fevereiro e plantam em seguida o milho da segunda safra.
RECUPERAÇO – Essas variedades também ajudam o produtor com a recuperação das plantas caso aconteçam ocorrências climáticas graves, como excesso ou falta de chuvas. Isso porque elas dão várias floradas durante o ciclo de desenvolvimento e caso a primeira seja perdida por causa de seca ou excesso de chuvas, as floradas seguintes podem até recuperar o potencial produtivo da planta. As variedades de ciclo determinado, ao contrário, dão apenas uma florada, e caso ocorra algum evento climático grave elas perdem a possibilidade de recuperação.
De acordo com apresentação da Coodetec, cerca de 70% do plantio de soja no Paraná já é de variedade indeterminada. Na safra 2006/07, das 11 cultivares plantadas em área que concentra 80% do plantio de soja no Estado, apenas uma era de ciclo indeterminado. Já na última safra (2010/11), das 14 cultivares plantadas, ocupando a mesma área, 9 já eram de ciclo indeterminado.
ANTECIPAÇÃO – A antecipação pode ajudar o produtor de milho da segunda safra a escapar dos rigores das geadas que ocorrem no Paraná a partir de meados de junho, segundo acompanhamento dos últimos anos. Segundo representantes de uma cooperativa com forte atuação no Oeste do Paraná, as geadas do final de junho provocaram perdas de cerca de 40% do milho da segunda safra. Eles calculam que se os produtores tivessem plantado as variedades precoces, essa perda seria reduzida para aproximadamente 10%. Isso porque quando ocorreram as geadas, no final de junho, as espigas de milho já estariam maduras e prontas para serem colhidas.