O Planetário Municipal de Londrina é um dos órgãos suplementares da Universidade Estadual de Londrina, ligado ao Museu de Ciência e Tecnologia e a um projeto de extensão da Universidade. Seu funcionamento é gerido pelo Departamento de Física do Centro de Ciências Exatas e atende aproximadamente 14 mil pessoas por ano.
Localizado na Rua Benjamin Constant, número 800, ao lado do Museu Histórico de Londrina, o prédio possui o teto abobadado, em formato de cone, com diâmetro aproximado de seis metros. O auditório no qual são realizadas as sessões fica no centro da estrutura e possui capacidade para até 43 expectadores.
Inicialmente, foi idealizado pelos professores Cleiton Joni Benetti Lattari e Rute Helena Trevisan. O prédio foi construído pela Prefeitura de Londrina, através de uma parceria com a UEL, em 1992. No entanto, um projetor que pudesse garantir o funcionamento do espaço não foi adquirido de imediato, de modo que o espaço permaneceu inutilizado por vários anos.
Em 2005, o espaço foi revitalizado. Finalmente, em 2007, através de uma doação efetuada pela Fundação Vitae de Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, foi adquirido um projetor. O espaço foi oficialmente inaugurado no dia primeiro de junho de 2007 e o primeiro coordenador do projeto foi o professor Sérgio Mello de Arruda.
As sessões do Planetário funcionam com projeções que envolvem jogos de luz e sombra. O projetor fica no centro do auditório, sendo composto por uma esfera opaca, cheia de furos, e uma lâmpada. Com a projeção das luzes através dos furos da esfera é possível simular o céu noturno de qualquer parte do planeta, em qualquer dia do ano.
O atual coordenador, professor Américo Tsuneo Fujii (Departamento de Física), destaca a função educativa do Planetário, ao observar que a maior parte das sessões é feita para crianças, em visitas agendadas.
Fujii comenta que, para os estudantes, a experiência é nova e engrandecedora, pois as crianças não costumam observar o céu noturno. Ele destaca o fato de que o ambiente urbano, repleto de luzes artificiais, não oferece as condições ideais para a observação das estrelas e planetas. Apesar de o contato com os conhecimentos astronômicos ser raro, quando apresentado no Planetário, de forma prática e ao mesmo tempo lúdica, os alunos recebem muito bem, ficando inclusive abertos a novas experiências na área.
Além das atividades com crianças e adolescentes, o Planetário também promove atividades para pessoas da terceira idade. Fujii diz que com os idosos a experiência é totalmente diferente. Segundo ele, uma boa parte dos idosos já possui determinados conhecimentos sobre as estrelas e durante a sessão fazem comparações entre o que já sabem e os novos conhecimentos adquiridos.
Atualmente, o planetário possui 12 sessões, sendo seis voltadas para o público infantil e seis para o público jovem e adulto. Além destas apresentações, também há uma focada na inclusão social de deficientes visuais. Intitulado “O céu nas tuas mãos” o projeto simula as constelações em bolas de isopor que possuem alto relevo, estimulando o tato dos deficientes visuais.
Em dez anos de existência, mais de 50 alunos da UEL, entre funcionários e bolsistas já passaram por ele. Contatos podem ser feitos pelo telefone (43) 3326-0567 ou pelo e-mail planetário@uel.br . A programação completa até o final do ano está disponível no endereço http://www.uel.br/cce/mct/planetario/portal/
PROGRAMAÇÃO - No último sábado de cada mês, o Planetário exibe filmes em sessões abertas ao público, sem agendamento prévio, e vários com entrada franca. No dia 26 de agosto, será “Os Mosconautas no mundo da Lua”, que conta a história de três moscas que acabaram indo para a lua com os astronautas.
O filme é uma animação de 2008 e tem duração de 1h25. Em setembro (30), será a vez de “Pequenos invasores” (2009, 1h25 de duração), que fala de uma família que vai passar as férias fora e aluga uma casa e recebem a visita de pequena alienígenas com planos de conquistar o mundo.
Em outubro (28), será exibido “Monstros vs alienígenas”, animação de 2009 (1h35 de duração) que conta como confusos monstros terrestres decidiram defender o planeta de invasores alienígenas.
Em novembro (25), o Planetário exibirá “Wall-E”, animação de 2008 (1h40 de duração) que tem um pequeno robô como protagonista, num futuro no qual a Humanidade abandonou a Terra depois de entulhá-la de lixo e ele ficou por aqui. Além destes, outros 8 filmes infantis estão programados.