Pesquisadores da UEM
descrevem três novas
espécies de plantas

As novas espécies descritas são consideradas pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) em perigo crítico de extinção (categoria CR)
Publicação
23/12/2015 - 14:35

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O aluno Ricardo Bressan Pacífico e sua orientadora, professora Karina Fidanza Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada da Universidade Estadual de Maringá (UEM), descreveram três novas espécies de plantas da família Melastomataceae, gênero Trembleya.
As três novas espécies descritas por Ricardo e pela professora Karina são consideradas pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) em perigo crítico de extinção (categoria CR). Segundo essa mesma classificação, trata-se da categoria de maior risco atribuído pela Lista Vermelha da IUCN para espécies selvagens, pois são aquelas que enfrentam risco extremamente elevado de extinção na natureza. Há 2.169 animais e 1.957 plantas com essa avaliação.
O nome de uma das espécies descritas, Trembleya thomazzi Pacífico & K. Fidanza, homenageou o professor Sidinei Magela Thomaz, do Departamento de Biologia da UEM, que atua no Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia).
O professor homenageado, que possui diversos artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, é editor associado chefe da revista Hydrobiologia e editor associado das revistas Biological Invasions, Natureza & Conservação, Acta Limnologica Brasiliensia e NeoBiota. Ele utiliza plantas macrófitas aquáticas e organismos associados para estudar a biologia de invasões e biodiversidade.
A planta que recebeu o nome do professor Sidinei origina-se em áreas de campo rupestre da Cadeia do Espinhaço e é endêmica da Serra do Bota, uma região pouco explorada cientificamente. Essa serra fica no município de Guaraciama, região Norte de Minas Gerais. A espécie Trembleya thomazzi, que é única, ficará depositada no herbário MBM (Museu Botânico Municipal de Curitiba). Também para a mesma serra foi descrita a nova espécie Trembleya botaensis Pacífico & K. Fidanza, em homenagem à Serra do Bota, onde a planta foi registrada pela primeira vez. As espécies Trembleya thomazzi e T. botaensis também vão ficar depositadas no herbário MBM (Museu Botânico Municipal de Curitiba).
A outra nova espécie foi encontrada na Serra do Cabral, também localizada no Norte de Minas Gerais. Trembleya acuminata Pacífico & K. Fidanza, nome dado em referência ao ápice da folha nitidamente acuminado, é característica do município de Joaquim Felício e encontrada em áreas de campo rupestre. O holótipo dessa espécie estará depositado no Herbário MBM e seus isótipos nos Herbários ESA (Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba – São Paulo) e SPF (Herbário da Universidade de São Paulo).
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